CRÔNICA HISTÓRICA DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO:

Falecimento do deputado Campos do Amaral (1913)

Por: Luiz Carlos Pais | Categoria: Cidades | 23-08-2017 09:08 | 1432
Foto: Reprodução

No dia 12 de outubro de 1913, o jornal O Pharol, da histórica cidade de Paraty, localizada no litoral sul do Estado de Rio de Janeiro, noticiou o falecimento do coronel e deputado José Luiz Campos do Amaral Junior, ocorrido no dia 5 de outubro do mesmo ano, em São Sebastião do Paraíso, importante polo cafeeiro do sudoeste mineiro. Natural de Paraty, Campos do Amaral foi um dos primeiros oficiais de cartório em São Sebastião do Paraíso, onde fixou residência, constituiu família e deixou memória de homem generoso, líder político e membro da Loja Maçônica Fraternidade Universal.
Foi noticiado que o falecido contava com mais de 60 anos de idade, considerado paraisense de coração, filho de primeiras núpcias do major da Guarda Nacional José Luiz Campos do Amaral, abastado comerciante, proprietário de casa de consignação, estabelecida em Paraty. Devido à sua localização estratégica, essa cidade fluminense era passagem obrigatória na rota que conectava a corte do Rio de Janeiro ao vasto território do Sul de Minas. Condição que favorecia o ramo do comércio intermediário.
Três semanas após a divulgação da triste notícia, o mesmo jornal publicou, em 2 de novembro de 1913, um resumo biográfico do deputado Campos do Amaral. Matéria essa que, a princípio, tinha sido publicada em “O Jornal”, de São Sebastião do Paraíso. A respeito desse jornal paraisense, podemos afirmar que o mesmo fora lançado naquele ano de 1913, no dia 22 de março, sob a direção do jornalista João Borges de Moura. Temos essa informação com base em uma nota de divulgação publicada no principal jornal do Rio de Janeiro, daquela época, O Paiz, em edição de 14 de abril de 1913.
Desse modo, a triste história do falecimento de deputado permite-nos conhecer um pouco mais a história da imprensa da querida terra natal. É razoável conjecturar que a matéria tenha sido redigida por um dos mais engajados militantes da imprensa de São Sebastião do Paraíso, o jornalista João Borges de Moura, e que o referido semanário intitulado O Jornal esteja entre os primeiros dos diferentes títulos que ele dirigiu, entre os quais estão também A Chaleira, O Libello do Povo e O Cruzeiro do Sul.