CRÔNICA - Joel Cintra Borges

Mediunidade

Por: Joel Cintra Borges | Categoria: Cultura | 05-09-2017 10:09 | 1279
Foto: Reprodução

A oportunidade de assistir a uma sessão real de mediunidade é uma das mais belas experiências pelas quais podemos passar.
Isso porque nos mostra, de maneira clara e contundente, que a morte não existe. Quando o coração para de bater, nós simplesmente passamos para outro plano não muito diferente desse. Despojamo-nos do corpo físico, feito da matéria do nosso planeta, e seguimos em frente com o corpo espiritual, para lugares condizentes com nosso atual estágio evolutivo: a bondade e o conhecimento que conseguimos juntar em nossas inúmeras vivências, em nossas múltiplas encarnações.
Isso porque em nossa realidade humana vivemos sempre num dualismo (que faz parte da própria condição) entre o crer e o não crer.
— Será que existe mesmo Deus? Será que existe vida após a morte?
E isso não acontece apenas com as pessoas comuns. A própria Madre Teresa de Calcutá costumava confessar que passava por períodos de descrença, mas que dizia para si mesma:
—  Não sei se existe Deus ou não, mas, tem muita gente esperando para comer e eu vou dar alimento a elas!
A  prática de uma religião, qualquer que seja (uma vez que cada pessoa tem suas predileções, ajusta-se melhor em um determinado ambiente), ajuda muito a manter nossas crenças, da mesma forma que exercícios físicos regulares auxiliam a manter em forma nosso corpo.
As palavras médium e mediunidade vêm do latim: médium, que significa estar no meio. O médium, então, é alguém que está entre as duas dimensões: vida e morte, só que morte, no sentido literal da palavra, não existe, pelo simples fato de que a pessoa continua viva, só que em outra dimensão. Caso contrário, o médium não poderia vê-la, ou ter qualquer tipo de contato com ela.
Isso não é apenas bonito, é consolador, porque a vida seria muito pobre se não tivesse significado, se terminasse numa cama de hospital, ou em qualquer outro lugar. É tão boa a ideia de ainda temos um bilhão de anos pela frente, bilhões de mundos para conhecer, oportunidades infinitas para refazer esse rascunho que escrevi até agora! Há tanta coisa boa para colocar nele!