por Francisca Borges da Cunha
Sendo arte ou ofício
Se a sua busca
À minha se igualar,
Nós que estamos
No silêncio dos sinos
Guardiões dos segredos,
No amor das sementes
Que armazenam florestas,
No berço da lua
Que embala seus versos
Não pronunciados.
Assim sendo
Na dança das esferas,
No universo do imaginário,
É uma alma
Que outra alma busca,
Onde as coisas
Sem terem sido, são.
Assim
Enleados nos sonhos e desejos
Conhecer o seu calor,
Envoltos nos impulsos e lampejos
Sentir o seu sabor,
Onde ambos acreditam
Ser no outro o amor.
Há de ser assim
Eu respirando você
E você a mim.
(Na esperança de um grande amor)
Francis Borges da Cunha é poetisa e membro da Academia Paraisense de Cultura.