O que temos para hoje? Um papel em branco e uma caneta. Um olhar perdido na bruma insistente em cobrir a montanha, daqui a Serra de Ibituruna. Um carinho da brisa fresca da manhã. Um silêncio alternativo de pios de pássaros e, principalmente, uma vontade de gritar: bom dia, vida! Em muitos lugares, os foliões estão regressando exa-ustos aos lares, fatigados de tentarem representar uma falsa alegria.
Aqui, na pacata Jacuí, a quarta feira inicia o labor diário. As pessoas indo e vindo, como sempre acontece. O que temos para hoje? O término de uma folia e o início da quaresma. Sempre nos defrontamos com os opostos: Carnaval – Quaresma; Dia – Noite; Guerra – Paz; Maldade – Bondade; Trabalho – Férias (no caso, folga).
O que temos para hoje? Um sorriso, um agradecimento e bem com a vida. “Não nos preocupemos com o dia de amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações.” (Ma-teus 6.34). Que seria do amanhã se todos os dias fossem iguais ao de hoje. E o que há ainda mais para hoje, hein?
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
E-mail: fmjor31@gmail.com