Como surgiu?
Não é de hoje que já se utiliza a técnica do solo-cimento em construções.
A Muralha da China, por exemplo, foi construída a partir deste conceito há mais de dois mil anos. Uma prova de que nem o tempo abala a sua estrutura: o solo-cimento é resistente e extremamente confiável. Desde então, muitos estudos aprimoraram essa técnica, até que, nos anos 50, foi difundida em todo o mundo. Muitos hospitais, pavimentos rodoviários e até mesmo aeroportos construídos com solo-cimento.
Solo-cimento
A composição granulométrica básica do solo é, argila e areia. Quando o solo entra em contato com a água por imersão completa, as partículas de argila por serem menores e mais leves demoram mais a se decantarem, por isso as jazidas de argila tendem a ser ricas em recursos hídricas e vegetação. O tijolo de barro convencional usa essa argila como matéria prima, que após batidos na forma secam no sol para adquirir resistência inicial necessária para transporta-los até aos grandes fornos que em sua maioria queimam madeira para através de altas temperaturas estabilizar e dar resistência ao tijolo de argila.
Os tijolos ecológicos são produzidos com uma técnica similar aos blocos de concreto, a mistura é feita com o solo (argila + areia) + cimento e água, depois prensados e curados na sombra. O cimento é misturado com as partículas finas da argila, e preenchem os espaços menores entre as partículas de areia, criando uma estrutura sólida. Como ele é prensado por 6 toneladas, resulta em um tijolo de massa densa, mais resistente e impermeável, comparado ao tijolo convencional. Essa argila presente na mistura é importante também para dar resistência inicial aos tijolos recém moldados.
Por que é ecológico?
Os tijolos de solo-cimento representam uma alternativa em plena sintonia com as diretrizes do desenvolvimento sustentável, pois requerem baixo consumo de energia na extração da matéria-prima, não geram nenhum tipo de poluição ou resíduos no seu processo produtivo, dispensam o processo de queima o que gera grande economia energética e ainda minimiza o desmatamento, 6 a 9 árvores por milheiro de tijolos são preservadas, além disso, na execução da obra, elimina-se a necessidade de fazer cortes nas paredes para passagens elétricas e hidráulicas, o que gera uma diminuição substancial no volume de entulho gerado e ainda reduzindo o consumo de argamassas de assentamento e de regularização.
Processamento do Solo Reciclado
É importante notarmos que em nossa comunidade já podemos ver as mudanças que estão acontecendo em prol do meio ambiente, como é o caso da fábrica de tijolo ecológico da Ecoterm, localizada na zona rural de Pratápolis – MG. Thiago Martoni que é responsável pela produção nos conta que a missão da empresa é “oferecer ao mercado soluções na construção de alvenaria térmica e ecológica, afim de proporcionar mais conforto e qualidade de vida aos nossos clientes e ao nosso planeta.” Fala também que: “Ter consciência ecológica é respeitar o meio em que vivemos, nossos tijolos além de serem ecológicos por dispensar a queima em fornos, são também reciclados graças a uma parceria com a mineração Morro Verde, que escavam e removem uma determinada quantidade de solo para que possam chegar até as áreas mais ricas em fosfato, matéria-prima usada para fabricação de adubos essenciais para o desenvolvimento do sistema radicular das plantas e consequentemente do setor agrícola de nosso país. Esse solo que antes seria destinado a um aterro, é então reaproveitado pela Ecoterm. Quando esse solo chega até a fábrica, é triturado e peneirado. Um de nossos diferenciais é a malha da peneira, de 4mm, mais fina do que as convencionais porque estudos comprovam que grãos menores de terra homogenizam melhor com o cimento, e após a sua cura resulta em um tijolo mais resistente e impermeável.”
Vantagens da Construção
A alvenaria estrutural é um processo construtivo onde a principal estrutura de suporte da casa são as próprias paredes. E o tijolo ecológico é um grande aliado nessa construção, já que a sua estrutura e alinhamento permitem que os furos dos tijolos fiquem sobrepostos no assentamento o que propicia redução de desperdícios, maior rapidez no processo construtivo, economia de materiais e de mão-de-obra.
O arquiteto Willian Martoni Junior que tem experiência com essas construções, ressalta que “o modelo de construção estrutural é mais eficiente e econômico, mais que para otimiza-lo é muito importante fazer o planejamento adequado da obra, com atenção especial aos projetos elétricos e hidráulicos.”
Mais vantagens:
- Economia de concreto, argamassa de assentamento e ferragem – com as colunas de concreto armado embutidas, o peso da obra é distribuído uniformemente sobre as paredes;
- Alivia o peso sobre a fundação, evitando gastos desnecessários com estacas mais profundas e sapatas maiores;
- Instalações Hidráulicas e Elétricas - Toda a tubulação é embutida em seus furos, dispensando a quebra de paredes, como na alvenaria convencional.
- Economia na construção da habitação;
- Revestimento direto sobre o tijolo, como textura, gesso, graffiato ou reboco;
- Assentamento dos azulejos direto sobre os tijolos;
- Não há desperdícios – no método convencional, quase 1/3 dos materiais vai para o lixo;
- Obra mais limpa, segura e sem entulhos.
www.tijoloecoterm.com