A Williams tem três cartas sobre a mesa para decidir quem será o companheiro do jovem canadense, Lance Stroll, no ano que vem: Felipe Massa, Robert Kubica e Paul di Resta.
A balança tende a pesar para o lado de Kubica, piloto que enquanto esteve na Fórmula 1, antes do terrível acidente que sofreu em 2011, numa prova de rali, na Itália, era visto como potencial campeão. As severas sequelas que ficaram em seu braço direito, o afastou da categoria. Kubica tem apenas 30% dos movimentos da mão direita. Este ano ele decidiu ver até onde pode ir com os carros de Fórmula. Primeiro testou num carro da GP3, depois com o F-1 de 2012, da Renault, que também o escalou para os testes de meio do ano com o carro atual da equipe.
A Renault ficou satisfeita com o desempenho do polonês, mas queria testá-lo mais, e nesse ínterim, a McLaren rompeu com a Honda, que por sua vez passará a fornecer motores para a Toro Rosso, atual cliente da fábrica francesa. O acordo rescisório da equipe satélite da Red Bull, com a Renault, envolveu o promissor espanhol Carlos Sainz Junior, que já vinha sendo sondado pela Renault que não hesitou em contratá-lo pro ano que vem.
Kubica, então, se ofereceu à Williams, fez testes em simuladores, mas segundo comenta-se no paddock da Fórmula 1, enfrenta oposição do pai de Lance Stroll, que não estaria satisfeito em ver seu filho dividindo a equipe com o polonês.
Massa que disse várias vezes não ter motivos para não renovar com a Williams, mudou o discurso: “Quero ser visto como alguém importante para a equipe”. Disse ainda que tem total apoio dos engenheiros da Williams, mas reconhece que às vezes as decisões são tomadas por outros motivos e que não dependem apenas dele.
Pesa a favor de Massa as dúvidas sobre as condições físicas de Kubica, e a passagem discreta que Di Resta teve na Force India, de 2011 a 2013, sem nunca ter feito nada que chamasse atenção. Massa já estava aposentado no final do ano passado quando a Williams o chamou para o lugar de Valtteri Bottas que foi para a Mercedes substituir o campeão aposentado, Nico Rosberg. Mas pesa contra o brasileiro a temporada apagada que vem fazendo, ainda que não dê para fazer muita coisa com o pouco competitivo FW40. Na Hungria, Massa não correu por causa de uma vertigem postural, e foi substituído de última hora pelo escocês Paul di Resta, piloto de testes da Williams, que largou em último e abandonou a prova, mas por nunca ter pilotado o carro antes, seu trabalho foi bastante elogiado, o que lhe deu força para entrar na disputa pela vaga.
Enquanto a Williams não decide, temos um campeonato que prossegue nesta madrugada (4h) com o GP da Malásia, 15ª etapa do Mundial, na escaldante e úmida Kuala Lumpur, prova importante para as pretensões de Vettel que admitiu ter espremido Max Verstappen na desastrosa largada em Cingapura. O alemão tem agora a difícil missão de descontar os 28 pontos que Hamilton abriu na liderança (263 a 235) com a inesperada vitória na corrida em que Vettel era o favorito.
Na Malásia, a disputa tende a ser equilibrada entre Mercedes e Ferrari. Se por um lado o calor pode ser aliado da Ferrari por desgastar menos os pneus e ter mais facilidade em trabalhar os supermacios na temperatura ideal de funcionamento, as características do Circuito de Sepang jogam a favor da Mercedes pela melhor resposta de potência de seu motor.
Este será último GP da Malásia que deixará de fazer parte do calendário da Fórmula 1 a partir do ano que vem. Em 18 edições, a Ferrari venceu 7 vezes, Red Bull (4), McLaren e Renault (2), Mercedes, Williams e BrawnGP (1). Entre os pilotos, Vettel venceu 4, Schumacher e Alonso (3), Raikkonen (2), Irvine, Ralf Schumacher, Fisichella, Button, Hamilton e Ricciardo, uma cada.
DE VOLTA À ARGENTINA
A Stock Car rompe fronteiras e volta à Argentina depois de 10 anos. E a gente nota como o tempo passa quando vê que dos 30 pilotos do grid, dez correram lá, em 2007, entre eles o líder do campeonato, Daniel Serra, e o vice, Thiago Camilo. A corrida 1 da rodada dupla de amanhã tem a largada às 14h, ao vivo no SporTV.