Higiene e desinfecção de canis e quintais
Por: Rogério Calçado Martins | Categoria: Saúde | 29-09-2017 22:10 | 4423
Higiene e desinfecção são os meios e métodos que usamos para diminuir a quantidade de agentes contaminantes de um local. Esses agentes podem ser: bactérias, vírus, parasitas (carrapatos, pulgas, vermes, etc), fungos e até roedores. Esse processo deve ser feito com muito critério, rigor e controle.
Alguns conceitos devem ser seguidos para que uma boa desinfecção seja feita:
1) Somente um local limpo pode ser desinfetado, pois nenhum desinfetante é ativo em uma superfície suja;
2) Não existem produtos milagrosos, ou seja, aquele que desinfete contra tudo. Certos produtos destroem vírus, mas não parasitas. Portanto é necessário verificar o que está afetando o local e traçar um real objetivo para a desinfecção.
3) O desinfetante precisa um certo tempo para fazer efeito. Em condições normais, o período mínimo de ação é cerca de 15 minutos. Portanto é necessário aguardar no mínimo esse tempo para somente depois enxaguar com água limpa.
4) A desinfecção deve ser feita de forma organizada. Use botas de borracha e limpe-as (inclusive a sola) sempre que terminar um setor do canil ou do quintal e for passar para outro.
5) A indicação do fabricante de cada produto desinfetante deve ser verificada antes de você usar o produto. Isso proporciona segurança e eficácia. Você deve observar: se a temperatura da água a ser usada deve ser quente, morna ou fria; se é preciso esfregar ou não; se for necessário diluir, observar a concentração para a diluição; verificar o tempo necessário de contato do produto com o ambiente e observar quais outros produtos não podem ser usados em conjunto com esse.
6) Antes de promover a desinfecção, você precisa estar consciente da gravidade do que atinge o local. Se for vermes, a desinfecção pode ser mais simples, mas se for um vírus o trabalho será mais complexo. Portanto, trace um plano de trabalho, ou seja, verifique o espaço de tempo entre uma limpeza e outra: quantas vezes ao dia, diariamente, uma, duas ou três vezes por semana e etc..
7) Limpeza contra insetos e roedores deve ter um plano estabelecido de forma diferente e independente ao da desinfecção contra bactérias, vírus, fungos e parasitas. Os problemas que esses produtos podem trazer precisam ser levados em consideração. Você deve saber que muitos inseticidas são destruídos pelos desinfetantes e todos os raticidas são tóxicos para animais.
8) Em casos mais graves, podem ser necessárias medidas mais drásticas, como por exemplo, retirar os animais do local e promover uma limpeza mais rigorosa. Um exemplo de sequência é: retire todos os animais do local; limpe com água limpa pressurizada; use produtos desinfetantes adequados para a ocasião; faça caiação; use formol por 48 horas; lave novamente com água limpa pressurizada e volte com os animais ao local cinco dias depois dessa lavagem.
Se você tiver alguma dúvida, procure uma empresa especialista em desinfecção de ambientes ou mesmo um Médico-veterinário para esclarecer-se.
*ROGÉRIO CALÇADO MARTINS
– médico-veterinário – CRMV/MG 5492
*Especialista em Clínica e Cirurgia Geral de Pequenos Animais (Pós-graduação “lato sensu”)
*Membro da ANCLIVEPA (Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais)
*Consultor Técnico do Site www.saude animal.com.br
*Proprietário da Clínica Veterinária VETERICÃO (São Sebastião do Paraíso/MG)