Ainda não se sabe como será daqui pra frente, mas a grande prejudicada (indiretamente) com o consórcio liderado por Lawrence Stroll que salvou a Force Índia da falência, acabou sendo a própria Williams. Lawrence é pai do canadense Lance Stroll, e quem investiu rios de dinheiro na equipe de Grove antes mesmo de seu filho estrear, em 2017.
Como é quase certo de que Stroll deva se mandar para a Force Índia no ano que vem, a Williams afunda ainda mais na crise que assola a equipe que já foi sinônimo de vitória no passado e até pouco tempo era a terceira força da Fórmula 1 na era híbrida dos atuais motores V6 turbo.
A Williams está na lanterna do campeonato. Soma apenas 4 pontos do 8º lugar de Stroll no caótico GP do Azerbaijão, muito em função dos vários abandonos do que méritos do modelo FW41.
Enquanto Sauber, McLaren, Toro Rosso, Renault e Haas evoluíram de 2017 para cá, a Williams andou para trás. Apesar de sua dupla de pilotos ser a mais fraca da Fórmula 1, ninguém na equipe credita o fracasso a Lance Stroll e ao russo Sergey Sirotkin, único do grid que ainda não pontuou. O problema está no modelo FW41 que nasceu tão problemático que nada é capaz de torná-lo competitivo.
“Coloque Lewis (Hamilton) no nosso carro e nem ele faria grade diferença”, disse a chefe administrativa, Claire Williams, filha do fundador da equipe, Frank Williams. Claire começa a ser apontada como uma das responsáveis pelo mau momento que a equipe atravessa.
A Williams abriu mão da experiência de Felipe Massa para angariar dinheiro leiloando o cockpit que era do brasileiro. Entre o novato Sirotkin, e o duvidoso Robert Kubica (duvidoso pelas sequelas e condições físicas do grave acidente de rali em 2011), o russo ficou com a vaga e levou cerca de 15 milhões de euros para a equipe. Kubica foi contratado como piloto de testes, mas sua experiência pouco tem ajudado na evolução do carro.
2018 começou com um mix de incerteza e expectativa sobre a Williams. Incerteza pela dupla de pilotos, expectativa porque o modelo FW41 empurrado pelos motores Mercedes era o primeiro sob a coordenação do diretor técnico e novo sócio da equipe, Paddy Lowe, que antes de chegar à Williams foi um dos responsáveis pelo domínio da Mercedes de 2014 a 2016. Mas o tiro saiu pela culatra e a Williams acabou dispensando o especialista em aerodinâmica, Dirk de Beer.
E como não bastasse a (provável) debandada dos Stroll, já era sabido desde o começo do ano que a Martini, principal patrocinadora da Williams, não renovaria seu contrato ao final da temporada. E se está difícil com dinheiro, imagine como será sem o aporte da família Stroll e da marca de bebidas? A Williams entrou numa espiral negativa e caminha como flecha sem pena.
MERCADO DE PILOTOS
Com a ida de Daniel Ricciardo para a Renault em 2019, surgiu boatos de que Fernando Alonso poderia substituí-lo na Red Bull. Mas Christian Horne descartou: “Tenho grande respeito por Fernando, mas ele tende a causar caos onde quer que vá”.
CORRIDA DO MILHÃO
Rubens Barrichello venceu pela segunda vez a Corrida do Milhão. Festejou com o filho mais novo e lágrimas nos olhos. A Stock Car fez uma grande festa, inovou a cerimônia de pódio. Pena que a TV não foi até o fim com a transmissão e causou o anticlímax.
Eu sei que ele vai ler. Ele sempre lê e guarda. Então vale o registro. Parabéns, pai, pelo seu dia. Te amo!