Caminhoneiros autônomos de São Sebastião do Paraíso e região possivelmente vão maciçamente aderir ao movimento nacional - Paradão dos Caminhoneiros, que está sendo agendado pelos líderes da categoria. A paralisação está prevista para o dia 25 de agosto, a partir da zero hora. A manifestação é motivada por reivindicações registradas nos anos anteriores e que não foram atendidas.
Segundo disse ao Jornal do Sudoeste, Joaquim Assis de Moraes, presidente da Associação dos Transportadores Rodoviários de Carga de São Sebastião do Paraíso, Atropar, o movimento está aprovado desde o inicio do mês, tendo como objetivo cobrar a pauta de reivindicações emergenciais. "Lideranças da categoria aprovaram por unanimidade o Paradão", comentou.
"Nós devemos paralisar as atividades a zero hora do próximo dia 25 e acredito na adesão de todo profissional autônomo que trabalha no transporte de carga", acrescentou.
Do mesmo jeito
Joaquim Assis explicou que os pedidos são os mesmos dos anos anteriores. "O que a categoria está pedindo é redução de preço do combustível, segurança, entre outras diretrizes que nos foi prometida e não executadas", disse.
A estimativa do presidente da Atropar é que o movimento tenha maior adesão durante a semana. "Está previsto a data de início, mas o término é indefinido. Se o movimento ficar fortalecido, esperamos desta vez ter o êxito, não conseguido nos outros anos em que houve a paralisação dos caminhoneiros", analisou. No seu ponto de vista a situação não pode continuar do mesmo jeito.
A pauta de reivindicação será direcionada ao Governo Federal e não ao Ministério do Transportes. A alteração conforme destaca o presidente da Atropar é conseguir sensibilizar o presidente a tomar medidas que permitam a continuidade de trabalho da categoria. "Muita gente está parando por necessidade. Não têm condições de trabalhar na atual situação", avaliou.
"Existe o caminhoneiro que quebrou e o que está quebrando. Isto é reflexo da classe trabalhista em que todos estão trincados", destacou.
Reivindicações
O manifesto Paradão dos Caminhoneiros pautou as reivindicações em seis itens conforme enumerou José da Fonseca Lopes, presidente da Fetrabens - Federação Interestadual dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral e coordenador nacional do manifesto. A lista ficou composta com o pedido de mais segurança nas estradas, redução do preço do óleo diesel em 30%, cumprimento do vale - pedágio, adoção da planilha de custos de frete, cumprimento de artigo 257 do Código Nacional de Trânsito e direito ao crédito de ICMS, sobre os produtos consumidos, na manutenção da frota da cooperativa e seus cooperados.
José Antonio Nogueira