Tratorista é morto a facada: autor atribui crime à bebedeira

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 18-08-2002 00:00 | 1152
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O tratorista Leandro Cléber Ribeiro, 25, natural de Cravinhos - SP é mais uma vitima de assassinato em São Sebastião do Paraíso. A ocorrência deste homicídio, registrada na manhã de sexta-feira, 16, eleva para quatro o número de mortes somente neste ano de 2002. O crime foi motivado por bebedeira, conforme disse o lavrador Ademir José de Jesus, ao admitir ter dado a facada que matou Leandro.
O inquérito está sendo conduzido pelo delegado Pedro Henrique Rabelo Bezerra, em seu primeiro caso frente a 48ª Delegacia Regional de Segurança Pública. É o sexto caso registrado no município neste ano, dos quais quatro resultaram em morte. Nos outros dois, configurados como tentativas, as vítimas estão em recuperação.
Na manhã de sexta-feira, 16, o corpo de Leandro foi periciado pelo legista Bernardo Albergaria e Luiz Antonio Ribeiro da Silva, também novos servidores locados na Delegacia Regional.
Designados pelo delegado Pedro Henrique, os detetives Hideraldo e Tiãozinho depois dos primeiros levantamentos saíram a procura de um homem conhecido pelo apelido de Paraná e foram encontrá-lo em Itamoji. Ao perceber a presença dos policiais, tentou correr, mas acabou sendo detido. Se identificou como Ademir José de Jesus, 32. 
O apelido Paraná, segundo ele, é pelo fato de ter nascido em Londrina. Apresentado à imprensa na tarde de sexta-feira, confessou a autoria do crime, atribuído à bebedeira, e porque teria apanhado.
Ademir afirmou ser casado e tem duas filhas que estão com uma tia das garotas, em Guaxupé. Sua vinda para São Sebastião do Paraíso se deu há duas semanas para internar a esposa no Hospital Gedor Silveira. Como sempre estava passando nas imediações do cemitério municipal, encontrou-se com Leandro e um irmão dele chamado Alessandro, a quem já conhecia. Nesses dias, conforme explica, juntos passaram fazer uso de bebidas alcoólicas.
Sem lugar fixo para ficar, Ademir passou a dormir próximo a um posto de combustíveis, nas margens da BR-491, e segundo ele, na noite do crime Leandro e Alessandro o acompanharam. "Consegui marmitas e jantamos", disse, ao explicar que Leandro teria exigido que ele fosse buscar mais bebida. 
Admitindo terem discutido, Ademir conta que estava deitado e Leandro lhe desferiu alguns chutes. "O fortão, me deu foi socos nas costas", afirmou, referindo-se a Alessandro. "Eu estava apanhando e resolvi dar uma facada no Leandro, mas tudo aconteceu por causa daquilo ali", afirmou, apontando para uma garrafa contendo um pouco de aguardente. O crime ocorreu por volta das 22:00 horas.
Depois de atingir a vítima, Ademir foi para Itamoji, segundo ele, a pé. A arma do crime teria sido jogada às margens da rodovia, nas proximidades da passarela que dá acesso ao bairro João XXIII.
Ao Jornal do Sudoeste, Alessandro conta que ao acordar, por volta das 03:00 h da madrugada, notou que seu irmão estava ensangüentado e morto, enquanto Paraná havia desaparecido, fato comunicado à Polícia.
Admite ter dado murros nas costas do autor do crime, mas não no dia dos fatos, sim na véspera. "Ele está mentindo e matou foi por vingança", conclui.