Região ganha instituição de microcrédito

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 29-09-2002 00:00 | 784
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A região terá a partir de janeiro uma instituição de crédito popular. É o chamado "banco do povo", que terá por objetivo a melhora da renda familiar da população do Sudoeste Mineiro.
De acordo com o superintendente da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Brasil Sudoeste (Adebras), Francisco Pereira Landi, o microcrédito é uma oportunidade de oferecer créditos para a população de baixa renda, ou seja, pessoas que não têm acesso aos bancos tradicionais. "É o que chamamos de uma democratização do crédito", conta.
Landi conta também que isso só foi possível graças ao empenho da Administração Municipal. "A instituição já estava incluída no plano governo de Marilda Melles. Ela teve toda a iniciativa para organizarmos nessa implantação".
RECURSOS
Conforme conta Landi, a Adebras foi uma das entidades sem fins lucrativos, selecionada pelo edital de microcrédito do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para receber recursos no valor de R$500 mil para criar a instituição. "Dessa quantia, R$300 mil é para capital de financiamento. O restante será usado para instalação e custeio operacional.", explica.
Na região, 17 municípios aderiram à constituição desta instituição, mas a sede será em São Sebastião do Paraíso. "Cada município vai participar com R$0,50 por habitante, este seria o capital que teríamos". Além disso, conforme explica, o governo entra com outra parcela. "A cada um real que colocarmos, o governo entra com três vezes o valor".
INSTITUIÇÃO
A instituição de crédito popular, de acordo com o superintendente da Adebras, tem como objetivo viabilizar o crédito para pequenos e micro empreendedores perfeitamente capazes de produzir e gerar empregos e cumprir com suas obrigações, expandindo suas atividades econômicas gerando trabalho e renda. "Essa instituição é uma associação civil sem fins lucrativos, é o que chamamos de Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que é composta, no caso específico, pelas agências de desenvolvimento e as Associações Comerciais da região".
Conforme conta, o microcrédito deve ser auto-sustentável, ou seja, deve ser economicamente viável. "Ela não tem recursos do governo para se subsidiar, deve ela mesma buscar sua própria sustentabilidade", salientando que para isso, tem que ter uma administração transparente, tem que ter a participação da sociedade. "Não só os órgãos públicos como também a sociedade civil presente".
De acordo com a prefeita Marilda Melles, seria inviável construir um banco do povo para atender somente São Sebastião do Paraíso. "Por isso, o fizemos regionalmente", comentando que existem 121 instituições no Brasil.