Crianças trancadas em casa: vários casos em Paraíso

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 17-11-2002 00:00 | 696
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Pais irem para o trabalho ou passear, deixando filhos menores sob a vigilância de irmãos mais velhos, empregados, amigos ou familiares, está dentro da normalidade. Mas deixar crianças sozinhas em casa, trancadas o dia todo, pode ser configurado como crime.
Conforme denúncias chegadas até o Conselho Tutelar da Criança e da Adolescência, é grande o número de ocorrências dando conta de menores de 12 anos trancadas, sozinhas, pelos pais ou responsáveis, em Paraíso.
Até bebês já ficaram o dia todo, sozinhos, sem alimentos, sem tomar água, e com condições de higiene, de dar pena. As crianças choram e gritam desesperadas, de fome, sede, medo e, muitas vezes podem estar sentido dores. Enquanto seus pais ou responsáveis não chegam, passam por momentos horríveis, não ficando descartados danos à saúde física e psicológica.
Ainda bem que denúncias têm chegado ao Conselho Tutelar e à Polícia. Há poucos dias aconteceu um caso destes no bairro Jardim Alvorada. A mãe disse ter saído para trabalhar e deixou seu filho de apenas 5 anos trancado. O garoto chorava e gritava pedindo socorro. Conselheiras Tutelares, com a ajuda da polícia, orientaram a criança como fazer para abrir uma das portas.
Segundo informações, a criança foi entregue à mãe, mas sob algumas condições, recomendando que se o fato vier a acontecer, a criança poderá ser encaminhada a uma instituição ou abrigo para menores. Em acontecendo reincidência os pais podem até mesmo perder a guarda do menor.
Conselheiras Tutelares explicam que esses casos acontecem com maior freqüência na época da apanha de café. Fazem um pedido para que se alguém perceber fatos dessa espécie, comunique-se com o Conselho Tutelar ou com a polícia.
Há de se elogiar a dedicação, seriedade e eficiência das Conselheiras que têm feito um trabalho capaz de solucionar muitos casos que poderiam acumular, ainda mais, ações na justiça e queixas na polícia. 
Merecem apoio e respeito de todos os segmentos da sociedade paraisense.
Sebastião Tadeu Ribeiro