Paraisenses estão apreensivos com constantes fugas

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 22-12-2002 00:00 | 735
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Com as constantes fugas na cadeia, a população paraisense têm-se mostrado apreensiva. Nesta semana, precisamente na segunda-feira 16, houve a mais recente. Dos 9 fugitivos apenas 2 foram recapturados.
Para a comerciante Maria Léia Pimenta, o problema tem tirado a tranqüilidade não só em relação às crianças e idosos, mas da população em geral. "As autoridades competentes deveriam tomar alguma providência. Eu acho que os presidiários deveriam trabalhar, porque assim, ocupariam o dia, canalizando a energia para al-go bom, uma vez que o trabalho que desenvolvessem seria considerado na redução de pena, contribuindo para a aceitação na sociedade como cidadão, podendo receber como um empregado receberia, isto é, ser tratado com dignidade não como animais. Para mim, esse é o caminho para a resolução do problema," comenta..
Já um agricultor que prefere não se identificar, acredita que as constantes fugas são devidas ao descuidos. "Com toda certeza, isso se deve à falta de atenção dos policiais. O que me revolta, afinal eles ganham para garantir a nossa segurança. Se está contratado para aquela função, deve exercê-la honestamente. A solução é a elite fiscalizar os subalternos e reforçar a segurança, pois só assim poderemos sair com tranqüilidade de casa," opina.
Para a dona de casa Ednéia Pereira, andar pela cidade está cada vez mais perigoso. "Os marginais estão entrando dentro de casa, assaltando em plena luz do dia. Falta instalações adequadas, além de mais responsabilidade por parte dos policiais. Na verdade, eles prestam muita atenção em quem não faz nada, muitas vezes até humilhando os jovens na rua e acabam se descuidando daqueles que são realmente criminosos. Falta mais policiamento, mas também falta competência," diz.
Outra paraisense inconformada com as constantes fugas ocorridas na cidade é a zeladora Olinda das Dores Moreno. Para ela, o que ocorre dentro da cadeia é facilitação. "Eu acho que algum visitante leva faca, machado sei lá o quê, mas há ajuda de fora. Eu já tenho filhos casados, mas ainda assim eu me preocupo. A gente sai de casa e não sabe se volta. E o perigo que está então? É menino fumando droga, a minha amiga por exemplo, também já foi vítima dessa violência, foi assaltada no centro, à luz do dia, é um absurdo," comenta.
Como solução, a zeladora recomenda o aumento do efetivo policial da cidade. "Fiscalizando com mais atenção com certeza, as fugas cairão bastante. Outra alternativa é reforçar as instalações como o chão e a parede com concreto e até barras de ferro se for o caso, o que não pode é deixar essa situação continuar como está," concluiu.