A Secretaria de Estado da Educação, atendendo a uma reivindicação do sindicato dos trabalhadores desse segmento, realizou o maior concurso público da história do Estado. Participaram professores de quase todas as disciplinas e níveis de ensino, auxiliares de secretaria e ajudantes de serviços gerais. Servidores das superintendências e do órgão central também participaram.
Neste mês foram anunciados os resultados das provas e, muitos servidores não foram aprovados. "Foram quase 500 mil candidatos, mas acreditamos que essa seja a forma mais justa e democrática para o provimento de cargos, porque sabemos que o Estado tem que manter compromisso com o servidor e garantir-lhe uma aposentadoria", diz Sára Maria Caixeta de Oliveira Gomes, diretora da 35.ª Superintendência Regional de Ensino, dizendo que para isso, é preciso que o servidor tenha um ingresso legítimo no Estado.
Além da prova, os servidores também receberam pontuações por experiência na profissão, por escolaridade (até 8ª série) e cursos que participou. "Mesmo assim, alguns não passaram, pois na nossa região tiveram 242 vagas. Alguns deles são excelentes profissionais e têm mais de 10 anos de serviço público", diz.
Como houve diversas pessoas que não passaram no teste e se sentiram injustiçadas, puderam recorrer e, de acordo com a superintendente, o resultado ainda não foi divulgado. "O que aconteceu, foi que existem diversos servidores que possuem muito tempo de experiência e não passaram, enquanto com outros, que não tinham, aconteceu justamente o contrário", finaliza.
Na última semana, uma servente que trabalha em uma escola em Belo Horizonte, encontrou-se com o governador Itamar Franco e lhe fazia um apelo. Explicava ter dedicado toda a sua vida àquele trabalho e não se conformava em ser dispensada. Emocionada, a servente desmaiou.
Sindicalistas têm criticado critérios adotados no concurso realizado pela Secretaria de Educação.
Lembram, por exemplo o que entendem ser um descuido do próprio governo, pois, principalmente cargos mais modestos, ao longo de muitos anos eram exercidos por pessoas eficientes, no entanto, muitas delas sequer alfabetizadas.
Conforme foi divulgado, a partir do início do próximo ano o Estado vai admitir os aprovados no concurso e, consequentemente, dispensar os não concursados. NB