Paraisense enfrenta desafios e consegue destaque na 26ª edição do Rally dos Sertões

Piloto enfrentou quedas, problemas mecânicos, clima árido, mas superou todos os percalços

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O empresário Francine Rossi conseguiu se destacar na 26ª edição do Rally dos Sertões que se encerrou no dia 25 após sete dias de competição. O percurso, de 3.607 quilômetros, com largada em Goiânia (GO), e chegada em Fortaleza (CE), foi considerado uma das três edições mais difíceis na história do evento, mas, mesmo assim garantiu ao paraisense o terceiro lugar na categoria "marathon" e 12º no quadro geral. Uma queda no primeiro dia de competição e um problema mecânico prestes a concluir a prova impediram que Rossi conseguisse uma classificação ainda melhor. 

"Houve dias que rodei 700 quilômetros e dia que fiquei 12 horas em cima da moto", recorda. Esta é a segunda vez que Francine participa do evento, a primeira foi em 2003. De acordo com ele, já são 25 anos andando de moto e participando de diversas competições, entre elas o Enduro, Rally Baja, entre outros campeonatos da categoria como o Brasileiro, o qual ele precisou se afastar devido a uma cirurgia no ombro.

O Rally dos Sertões foi dividido em sete etapas. A primeira aconteceu entre os municípios de Goiânia (GO) e Formosa (GO); a segunda etapa foi entre Formosa (GO) e Posse (GO); a terceira foi entre Posse (GO) e Luiz Eduardo Magalhães (BA); a quarta ocorreu entre Luiz Eduardo Magalhães e Barra, na Bahia; a quinta foi entre Barra (BA) e São Raimundo Donato, no Piauí; a sexta foi entre São Raimundo Donato e Juazeiro do Norte (CE); encerrando a competição a última etapa aconteceu entre Juazeiro e Fortaleza (CE).

A disputa não foi fácil e exigiu muito do empresário, que já vinha participando de outros campeonatos para enfrentar a maratona de 7 dias do Rally dos Sertões. "Quando a prova foi se aproximando, fui intensificando um pouco mais os treinos, tanto aeróbico quanto treino com moto. É preciso estar muito preparado, tanto psicologicamente quanto fisicamente. No caso da moto, você é o piloto e navegador, no carro o condutor ainda tem alguém para guiá-lo. É uma prova muito desgastante e duríssima", destaca.

Francine sofreu uma queda no primeiro dia e pensou ter chegado a quebrar uma costela, mas conseguiu boa recuperação ao longo do dia, rodando cerca de 700 quilômetros. "Fiquei muito feliz com o resultado porque o objetivo de uma prova deste tamanho, sempre, é poder completá-la. É um desafio muito grande e conforme fomos acompanhando o resultado, fui me sentindo muito bem", relata.

Um contratempo impediu que o piloto terminasse a prova em 2º lugar na sua categoria e 10º no quadro geral. "Faltando 70 quilômetros para concluir a prova, sofri uma queda e quebrou o meu pedal de câmbio. Tive que chegar a mudar marcha com a mão e isso me prejudicou muito no resultado final. Mas, ainda foi bom. Corri contra pilotos de elite, porque o Rally é um laboratório, havia pilotos da Honda, da Yamaha, da Kawasaki e pessoas que vivem para isto. Enquanto que você tem o seu trabalho, esses pilotos estão lá, fazendo treinos intensivos".

Rossi conta que, apesar da dedicação ao esporte, o trabalho ainda é sua prioridade. "A corrida são aos finais de semanas, que uso para treinar e me divertir pilotando moto, que é o que realmente gostamos de fazer", destaca. Ele revela ainda que o autocontrole psicológico foi primordial para continuar a prova, mesmo depois de uma queda séria. "Houve dias que andei o dia inteiro e não havia apoio mecânico, você anda o dia inteiro sem esse apoio e no outro dia tem que continuar correndo e foi terrível, terrenos de areia pura, clima seco e muito calor", recorda.

O próximo passo agora é a disputa de mais uma etapa do brasileiro do Rally Baja e também uma das últimas etapas do mineiro de Rally Baja para tentar o título este ano. "Estou em segundo, e este é um dos meus objetivos. A prova deve acontecer no final no ano, em Conceição do Mato Dentro (MG)", completa.