CANDIDATO 2020

Presidente da Câmara se diz candidato à prefeitura de Paraíso em 2020

Por: João Oliveira | Categoria: Política | 05-09-2018 14:29 | 1573
Marcelo Morais
Marcelo Morais Foto: Reprodução

O presidente da Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, Marcelo Morais, anunciou em plenário na sessão de segunda-feira (3/9) que tem a intenção de concorrer à Prefeitura de São Sebastião do Paraíso nas eleições de 2020. A decisão foi tomada após polêmicas envolvendo processo impetrado contra ele pelo Ministério Público sob argumento de “improbidade administrativa”, devido à contratação de cargos tidos como irregulares.

Filiado ao PSDB, o presidente da Casa afirmou que recebeu o convite de outro partido, preferiu não divulgar o nome, para disputar o pleito municipal em dois anos. A decisão de antecipar a sua pré-candidatura teve como estopim a decisão do juiz da 2ª Vara Cível da Comarca de São Sebastião do Paraíso, Marco Antônio Hipólito Rodrigues, que determinou a indisponibilidade de bens em até R$ 500 mil do presidente da Câmara, acatando denúncia do Ministério Público (matéria nesta edição).

Ele chegou a explicar que, através da defesa que foi apresentada, o juiz entendeu que os funcionários citados na ação não teriam que devolver nenhum valor para cobrir danos ao erário uma vez que trabalharam e “não teriam o porquê de ter os seus bens indisponibilizados”, explicou.

De acordo com Morais, ação seria fruto de um complô político para desmoralizá-lo. “Já que a covardia reina. Já que a sacanagem de quererem que eu desista está a todo vapor, comunico de forma oficial que aceitarei o convite que tive de um partido que me coloca como pré-candidato. Já que a intenção é que eu desista, então já me coloco como pré-candidato a prefeito. Só que a partir de hoje façam de tudo para me queimar porque, se eu entrar na Prefeitura acabo com a mamata dos que estão achando que podem desrespeitar o dinheiro público a mando de políticos grandes que se acham donos da cidade”, afirmou.

“Querem que eu desista, mas eu não vou desistir”, disse Morais que, logo depois, explicou que a justiça não julgou o mérito da ação divulgada, apenas atendeu pedido de liminar do Ministério Público, enquanto ainda tramita a ação principal. “A promotoria havia pedido a indisponibilidade dos bens de todos os funcionários citados na ação, mas, atendendo à nossa defesa, o juiz indisponibilizou apenas os meus até o julgamento”.

Marcelo Morais lembrou ainda que, como professor de matemática, não tem vencimentos suficientes para acumular bens materiais. “Os únicos bens que possuo são minha esposa e meu filho. Respeito a decisão do juiz, mas vou questioná-la”, concluiu o vereador, lembrando que tem trabalhado desde março de 2017 na realização do concurso público para a contratação de servidores a fim de resolver a polêmica dos cargos comissionados, que perdura há anos dentro da casa legislativa.