XADREZ

Gérson Peres é pedagogo, professor de xadrez e presidente da Associação CXSSP

Por: Gérson Peres Batista | Categoria: Esporte | 10-11-2018 11:15 | 2248
O mestre nacional Jair Vicente Domingues  abrilhanta neste sábado evento oficial no  Clube de Xadrez de São Sebastião do Paraíso
O mestre nacional Jair Vicente Domingues abrilhanta neste sábado evento oficial no Clube de Xadrez de São Sebastião do Paraíso Foto: Tânia Carvalho

O que fazer no meio-jogo no xadrez?

Passada a fase de liberar as peças, entramos no jogo médio ou meio-jogo.

É nesta fase que mais aparece o estilo do jogador, sua personalidade, sua maneira de entender o xadrez.

Há fatores que podem nos guiar, nos orientar no meio-jogo.

A isso vamos chamar de temas, e é através deles que montamos o plano de ação.

Basta que analisemos detidamente a posição para conseguirmos identificá-los.

Convém lembrar que algumas aberturas levam a posições típicas de meio-jogo, repetindo a estrutura de peões e posicionamento de peças.

Tente observar que tipo de posições suas aberturas o tem levado, assim poderá se aprofundar diretamente nos temas mais comuns, ganhando tempo de estudo e conseguindo assim resultados práticos mais rapidamente.

TEMAS
Julgar uma posição corretamente e reconhecer suas peculiaridades é um pré-requisito essencial.

Devemos, portanto, indagar quais os fatores que determinam o caráter de uma posição, e qual o plano a ser conduzido.

A questão é ampla e carece de muito estudo.

No entanto, colocaremos alguns temas a serem pesados durante o meio-jogo:

- Maioria de peões numa das alas;

- Peão central isolado (é comum ser o peão de “d”);

- Par de bispos x bispo e cavalo ou dois cavalos;

- Bispo x cavalo;

- Bispo bom x bispo mau;

- Duas torres x dama;

- Centralização da dama;

- Troca das damas;

- Rei ativo no meio-jogo;

- Sacrifício posicional de qualidade;

- Casas críticas;

- Casas conjugadas;

- Tipos de centro: fixo, fechado, aberto e indefinido.

Além dos temas típicos de meio-jogo apontados, mais três pontos são decisivos para se dominar esta fase: respeitar o estilo do jogador (se posicional, tático ou universal), conhecimento dos planos de abertura para se conectar adequadamente à próxima fase e, por fim, saber finais teóricos para ajudar na tomada de decisão do que manter no tabuleiro e que peças trocar.

E, claro, jogar muitas partidas para apurar a técnica do meio-jogo!

Vamos em frente rumo à maestria...