XADREZ

O estudo do xadrez pilar final

Por: Gérson Peres Batista | Categoria: Esporte | 08-12-2018 21:23 | 4125
Prof. Dwlyan Santos e alunos do Clube de Xadrez de São Sebastião do Paraíso
Prof. Dwlyan Santos e alunos do Clube de Xadrez de São Sebastião do Paraíso Foto: CXSSP

É a fase final da partida de xadrez onde vamos fazer valer a superioridade material conquistada, assegurar um empate, ou ainda lutar para salvar uma posição comprometida.

O final é a parte mais difícil do xadrez, pois exige muita precisão e amplo conhecimento teórico. Temos que captar realmente o conceito da posição, já que a situação que se apresentará no jogo não será a mesma estudada no livro.

É o campo onde se trabalha o lado mais “matemático” (um final de seis peças, por exemplo, as análises já estão esgotadas). Se se deixa passar um lance de ganho, dificilmente ele aparecerá novamente, como aconteceria numa abertura. As oportunidades são quase que únicas e aparecem com uma roupagem bem mais sutil que nas outras fases do jogo.

DICAS DO LIVRO FINAIS BÁSICOS DE XADREZ

  1. Peões dobrados (quebrados), isolados (ilhados), bloqueados são fracos. Evite-os.
  2. Os peões passados devem avançar o mais rapidamente possível.
  3. O jogador que tiver um peão a mais, deverá trocar peças, mas não peões.
  4. Ao passo que, quem tiver um peão de menos, deverá trocar peões e não peças.
  5. Aquele que adquirir uma vantagem, não deverá abandonar todos os peões de uma ala.
  6. Com um peão a mais, a partida provavelmente terminará em empate, uma vez que haja peões somente numa das alas do tabuleiro, além, naturalmente, de outras peças no jogo - sejam elas menores (cavalo ou bispo) ou maiores (torre ou dama).
  7. Os finais mais fáceis de ganho são os finais puros de peões.
  8. E os mais fáceis de empate são aqueles com bispos de cores diferentes.
  9. O rei é uma peça forte. É importante usá-la.
  10. Não coloque peões nas casas da cor de seu bispo.
  11. Os bispos são melhores que os cavalos em todas as situações, exceto nas posições bloqueadas.
  12. Dois bispos contra bispo e cavalo (ou dois cavalos) constituem vantagem apreciável.
  13. Peões passados devem ser bloqueados pelo rei.
  14. Uma torre na sétima horizontal é compensação suficiente por um peão a menos.
  15. As torres devem situar-se detrás dos peões passados.

No quarto volume de seu fantástico ‘Tratado General de Ajedrez’, que trata da estratégia superior, o mestre argentino Roberto Grau afirma que os finais de partida mais comuns são disparados os de torres e peões.

A razão é clara, já que as torres são as últimas peças a entrarem em jogo e por isso demoram mais a se expor. Por conseguinte, as possibilidades de troca em relação às demais peças são relativamente menores. Já os peões, como existem muitos no tabuleiro, ainda que façamos algumas trocas (sobretudo com os peões centrais, que são os que vão mais cedo à luta) ainda sobram alguns sobre o tabuleiro.

Sabemos pela estatística enxadrística que ao redor de 40% das partidas chegam a um final, quem dominar os finais de torres e peões (já dito, como sendo o mais frequente) levará muita vantagem em relação aos seus concorrentes.

A torre possui muitos recursos, tanto no ataque quanto na defesa, e por isso é o final mais complexo que temos no xadrez. Muitos jogadores que já chegaram à maestria não dominam bem esse tipo de final, tamanha a variedade de posições possíveis.

Para a assimilação de tanta informação, devemos buscar as posições típicas, as que mais se repetem na prática.

Então é isso... agora é hora de começar o importante estudo dos finais de partida!