2018 chega ao fim e a última coluna do ano trás um apanhado do que de melhor aconteceu na mais longa temporada de todos os tempos num total de 21 corridas que teve uma trinca inédita de três finais de semana seguidos de corrida, que gerou esforço e logística gigantescos para que os GPs da França, Áustria e Inglaterra pudessem acontecer. Foi também a temporada de introdução do halo, que se por um lado desagradou no aspecto visual dos carros, por outro já valeu a pena por ter salvado a vida de Charles Leclerc no acidente múltiplo da largada do GP da Bélgica, causado por um strick de Nico Hulkenberg que jogou a McLaren de Fernando Alonso sobre a Sauber do jovem monegasco.
Tema de abertura
O Liberty Media, grupo que é dono dos direitos comerciais da Fórmula 1 tem como objetivo aproximar o público da categoria e uma das tacadas deste ano foi o novo tema de abertura dos treinos e corridas, criado por Brian Tyler, famoso por diversas trilhas sonoras de filmes de Hollyood, entre eles a série “Velozes e Furiosos”. As transmissões ganharam também novo grafismo e maior abertura da Fórmula 1 nas redes sociais, o que na época do ex-chefão, Bernie Ecclestone, era impensável.
Lewis Hamilton
Já está seguramente entre os maiores pilotos da história da F1. 2018 foi o ano do pentacampeonato, em que igualou a marca do lendário argentino Juan Manuel Fangio. Foram 11 poles e 11 vitórias na temporada, mas alguns feitos como as incríveis pole positions na Bélgica e em Cingapura, e a vitória em Monza, na Itália, certamente serão sempre lembrados como marco na carreira deste genial piloto inglês que beirou a perfeição neste ano.
Charles Leclerc
Este monegasco de 21 anos provou que não foi por acaso que ganhou tudo na GP3, depois na F2. Leclerc “chegou chegando” na F1. A Sauber que era apontada para figurar nas últimas posições do grid, ganhou reforço financeiro por parte da Alfa Romeo e apoio técnico da Ferrari, mas muito provavelmente a equipe não teria ido muito longe este ano não fosse o talento de Leclerc que marcou 39 dos 48 pontos da equipe. O salto para a Ferrari no ano que vem resume a capacidade que ele demonstrou no ano de estreia.
Volta do GP da França
Pais tradicionalíssimo da Fórmula 1 ficou sem o seu GP por longos dez anos. Mais que isso, havia 28 anos que a categoria não corria no Circuito de Paul Ricard, em Le Castellet. E foi uma boa corrida, que teve a pole e vitória de Lewis Hamilton que tirou proveito de um dos muitos erros de Vettel no ano depois que o alemão acertou Valtteri Bottas na primeira curva e perdeu várias posições, terminando apenas em 4º.
Público de Interlagos
O GP do Brasil seria uma espécie de termômetro para medir o interesse dos brasileiros pela Fórmula 1, afinal, foi o primeiro ano desde 1970 que o país ficou sem nenhum piloto no grid. Mas o público provou que o interesse pela categoria vai muito além do fato de ter ou não piloto da casa competindo.
Mesmo com o campeonato já decidido em favor de Lewis Hamilton no México, o Autódromo de Interlagos teve o melhor público desde 2010 com um total de 150.307 pessoas nos três dias de evento, e que foram brindados com uma das melhores corridas da temporada que ficou marcada por um entrevero entre Max Verstappen e Esteban Ocon, rivais desde os tempos do kart. Verstappen liderava a prova quando foi acertado por Ocon que era retardatário e tentava descontar uma volta do líder. Alheio a tudo isso, Hamilton colocou mais uma vitória no bolso do macacão.
Vitória de Raikkonen
No melhor ano de Kimi Raikkonen desde o retorno à Ferrari, em 2014, seria injusto terminar seu ciclo na equipe italiana sem nenhuma vitória. E ela veio em Austin, no GP dos Estados Unidos, encerrando um jejum de 113 GPs sem vitória do finlandês, desde o GP da Austrália de 2013, quando corria pela Lotus. Em 2019 Raikkonen correrá pela Sauber, no lugar de Charles Leclerc que o substituirá na Ferrari.
Feliz 2019 a todos!