Foi apenas o layout que a Haas apresentou na última quinta-feira – o modelo VF19 será conhecido apenas dia 18, em Barcelona – mas a equipe norte-americana já caiu nas graças dos fãs da Fórmula 1 com a nova pintura preto-dourada que remete aos anos 70 e 80 quando a lendária Lotus marcou época com as mesmas cores.
A mudança de cor vem do novo patrocinador da Haas, a Rich Energy, marca de bebidas energéticas que se não é tão popular quanto as latinhas de Red Bull, pelo menos no quesito pintura já ganhou da equipe austríaca.
E por falar em Red Bull, o chefe da Haas, Gunther Steiner, já sonha alto ao falar na cerimônia de lançamento que o objetivo da equipe é manter-se no top 5 da Fórmula 1, mas traçou como meta o sonho de bater a Red Bull no Mundial de Construtores: “Não sei se vamos conseguir, mas se você não tentar, com certeza não irá. É uma meta”, disse.
Óbvio que Steiner falou isso apostando mais num possível fracasso da Red Bull que vai correr pela primeira vez com os motores Honda, do que num salto de qualidade maior do que as pernas da própria Haas.
Ano passado a Haas deu um belo salto de qualidade, terminando em 5º no Mundial de Construtores com 93 pontos, ficando uma posição atrás da Renault, que poderia até ter sido sua não fosse uma série de corridas que Romain Grosjean deixou de pontuar.
A Haas vai para o seu quarto ano de Fórmula 1 mantendo uma filosofia inteligente e ao mesmo tempo polêmica de terceirizar tudo que é permitido pelo regulamento, ao invés de fabricar todos os componentes de seus carros, como fazem as demais equipes. Essa jogada levou o dono da equipe, Gene Haas, a bater na porta da Ferrari no ano de estréia, e dali nasceu uma parceria técnica que tem sido importante na evolução da equipe.
E não é exagero acreditar que a Haas possa mesmo evoluir ainda mais este ano. Num grid de 20 pilotos, Mercedes e Haas foram as únicas equipes que mantiveram as mesmas duplas de pilotos do ano passado, no caso da Haas, Kevin Magnussen e Romain Grosjean. O time norte-americano ainda conta com o brasileiro Pietro Fittipaldi, neto de Emerson Fittipaldi, como piloto de desenvolvimento que atuará este ano nos simuladores na fábrica da equipe.
Há uma mudança no regulamento técnico da Fórmula 1 para este ano que pode interferir na relação de força entre as equipes. Os aerofólios, dianteiro e traseiro, sofreram mudanças significativas visando diminuir o grau de dificuldade de se ultrapassar. E é aí que equipes como a Haas, ou qualquer outra, podem encontrar soluções aerodinâmicas capaz de impulsioná-las. Daí o otimismo (exagerado) de Gunther Steiner, mesmo com os pés no chão, sonhar alto com a possibilidade de desbancar a Red Bull do top 3.
A próxima semana promete ser agitada na Fórmula 1 com o lançamento dos carros da Toro Rosso e da Williams na segunda-feira, da Renault na terça, de Mercedes, Red Bull e Racing Point (ex-Force India) na quarta, da McLaren na quinta, Ferrari na sexta, e da Alfa Romeo que assumiu o controle da Sauber, no mesmo dia 18 em que começam os testes de pré-temporada.