A empresa Matsuda realizou reunião com vereadores no final da tarde de ontem (8/2), para apresentar um projeto de ampliação da empresa no município que, de acordo com o diretor, Leonardo Junior, irá gerar inicialmente 80 empregos diretos e cerca de 500 empregos indiretos. Para isto, ele justifica que a empresa precisa fechar o acesso à estrada da Itaguaba, situação que gerou polêmica em meados do ano passado. No entanto, ele prometeu investir em melhorias em rota alternativa para não prejudicar moradores daquela região e que tem serventia do atual acesso.
O investimento conforme explica, avaliado em cerca de R$ 20 milhões, será para trazer uma fábrica do seguimento de pet que será acoplada a fábrica e que seria necessário avançar onde hoje passa a estrada de acesso ao bairro rural da Itaguaba. Segundo Leonardo Junior, a empresa vem crescendo todos os anos e investiu em melhorias com a construção de um pátio para os motoristas no outro lado da estrada e na entrada principal, que culminou com autuação da empresa.
“O Departamento de Estrada e Rodagem (DER) nos autuou alegando que não poderíamos ter feito essa melhoria e que aquele acesso estava irregular e gerou todo aquele estresse. Nós sempre pensamos que esse acesso próximo à fábrica, com nossas ampliações, chegaria um momento em que teríamos que unir todos e ver uma melhor solução, de modo a não prejudicar ninguém. O momento chegou, estamos tendo a oportunidade de trazer essa ampliação para São Sebastião do Paraíso, e temos inúmeras unidades por todo o Brasil. Agora, de forma mais transparente possível, estamos envolvendo a Câmara Municipal, vamos envolver esses sitiantes e a Prefeitura. A Matsuda já falou bastante deste assunto, mas nunca de forma efetiva como hoje temos feito devido a esse investimento que está feito e precisamos dar esse destino”, explica.
O diretor disse ainda que assim como os proprietários dessas fazendas, a empresa também foi pega de surpresa com a tentativa de fechamento do acesso no último ano, embora tivesse conhecimento do possível fechamento. “Se acontecesse aquele fechamento, nós também teríamos sido prejudicados porque fizemos todo o investimento em portaria, portões, pátio de estacionamento e teríamos que passar por uma estrada onde não havia viabilidade, e naquela época era período de chuva e ia dificultar ainda mais a situação da empresa”, lamentou.
CONTRAPARTIDA
Conforme Leonardo, uma das propostas para trazer em discussão a possibilidade do fechamento da estrada e contar com a compreensão de todos, é fazer investimentos na estrada de acesso próximo ao Morro do Baú, que segundo ele não será pequeno, já que será preciso abrir mais a via, construir estrutura para coleta de água, cascalhamento, além de recuar na rodovia para que as pessoas possam ter acesso à estrada, além da manutenção da via.
De acordo com o gerente administrativo da unidade, Adilson Ribeiro Pereira, é um investimento viável não apenas para a empresa, mas para o município. “Paraíso precisa de empregos e já vimos várias empresas tentarem se estabelecer e não tiveram abertura; não podemos perder isso. Acredito que não irá atrapalhar tanto porque a distância será praticamente a mesma. O próprio DER disse que aquele acesso próximo ao Morro do Baú é o melhor no que se diz respeito a segurança, visibilidade do condutor e não vai atrapalhar para os produtores, além de gerar um benefício muito grande para Paraíso”, completou.
Para o presidente da Câmara Municipal, Lisandro Monteiro, a proposta é benéfica para todos. “Terá diálogo com a prefeitura e com os produtores, é preciso encurtar a conversa; senão fica cada um falando de um lado e não chega a lugar nenhum. Vamos reunir todo mundo para buscar um acordo que ficará bom para todo mundo”, completa.
Conforme foi dito, caso não haja diálogo com os produtores e não haver acordo no sentido de poder fechar aquele acesso, a Matsuda deve levar esse investimento para outra unidade do grupo. Na próxima terça-feira (12/2), o diretor da empresa deve se reunir novamente com vereadores, prefeitura e proprietários rurais para apresentar a proposta.