A batata assou nas mãos de Paddy Lowe. Não era para menos. Às vésperas do início da temporada que começa no próximo final de semana, na Austrália, a Williams está sem diretor-técnico e com um abacaxi imenso para descascar com um carro que demorou em ficar pronto, e quando foi para a pista não deixou ninguém otimista na equipe.
Para piorar, partes do FW42 como suspensão e asa dianteiras foram reprovadas pela Federação Internacional de Automobilismo por estarem fora do regulamento e estão tendo que ser refeitos.
Lowe chegou com moral na Williams em 2017 depois de uma passagem vitoriosa pela Mercedes, apontado como um dos responsáveis pelos invencíveis carros da equipe entre 2014 e 2016. Chegou inclusive na condição de acionista, com 5% das ações que comprou da Williams. Mas o trabalho de Lowe não surtiu efeito. Um tiro que saiu pela culatra.
O primeiro carro que levou a assinatura do projetista britânico, o FW41 do ano passado, jogou a Williams para a lanterna do campeonato. Foi o pior ano da história da equipe na Fórmula 1.
Outrora dona de um currículo riquíssimo com 114 vitórias, 33 dobradinhas, 128 pole positions, 7 títulos de pilotos, entre eles o tricampeonato de Nelson Piquet em 87, e 9 títulos de construtores, a equipe fundada por Frank Williams vem capengando faz tempo. A última vitória veio em forma de zebra com o venezuelano Pastor Maldonado no GP da Espanha de 2012. O último campeonato foi conquistado por Jacques Villeneuve, em 1997, ano também da derradeira conquista do Mundial de Construtores. Mas não justifica o vexame que tem passado.
Na revira-volta da mudança dos motores V8 aspirados pelos atuais V6 turbo híbridos, em 2014, a Williams até deu pinta de reencontrar o caminho do sucesso obtendo o 3º lugar no Mundial de Construtores com Felipe Massa e Valtteri Bottas. Repetiu o feito em 2015, mas na sequência entrou numa espiral negativa.
Os problemas da Williams, como abordei aqui duas semanas atrás, tem origem na fraca administração da chefe-adjunto, Claire Williams, filha de Frank Williams, e no instável departamento técnico, agora à deriva com a licença(??) de Paddy Lowe alegando razões pessoais.
E triste dizer, mas a Williams está virando time de várzea e pelo visto a lanterna do campeonato já tem dono antes mesmo de começar.
Largada 1
No Catar, a primeira etapa da MotoGP e a grande atração da temporada vem da Honda com a chegada de Jorge Lorenzo como novo companheiro de Marc Márquez. E já tem gente apostando em quanto tempo vai durar a cordialidade entre os eles. Largada amanhã, às 14h, ao vivo no SporTV.
Largada 2
F-Indy também começa neste final de semana em St. Petersburg com dois brasileiros no grid: Tony Kanaan e Matheus Leist, ambos da equipe Foyt. Ao vivo na Band às 14h30.
Largada 3
E nesta madrugada, às 4h30 tem a 5ª etapa da Fórmula E, em Hong Kong, ao vivo no FoxSport, que também mostra a Nascar, no oval de Phoenix, às 17h30.