O que era pra ser festa, virou luto na Fórmula 1 pela morte do diretor de provas, Charlie Whiting, vítima de uma embolia pulmonar, lá, em Melbourne. Mas a vida segue, e quando as luzes vermelhas se apagarem nesta madrugada, será dada a largada para a 70ª temporada da categoria que atingirá a marca do milésimo Grande Prêmio na terceira etapa do ano, na China.
Principais mudanças
De última hora, uma mudança de regulamento vai dar ao autor da volta mais rápida de cada corrida um ponto extra, desde que o piloto termine a prova entre os 10 primeiros colocados. Isso para evitar que quem estiver fora da zona de pontuação pare na última volta, troque pneus e volte só para fazer a melhor volta.
Há uma grande expectativa em torno do novo regulamento que causou impacto significativo na parte aerodinâmica dos carros visando diminuir o grau de dificuldade de se ultrapassar na Fórmula 1. Surtir-se-á os efeitos desejados, as próximas corridas vão responder, mas embora os testes de pré-temporada não tenham mostrado mudanças na relação de força entre as equipes, pelo menos passou a impressão de Ferrari e Mercedes estarem bem próximas, e a Red Bull menos distante que no ano passado, assim como uma maior aproximação das equipes do pelotão intermediário.
Expectativa também de como se sairá a parceria da Red Bull com a Honda, depois de os motores japoneses terem a imagem bastante arranhada com as inúmeras quebras que sofreu na McLaren de 2015 a 2017. Os testes de pré-temporada deixaram todos na Fórmula 1 otimistas com a evolução da Honda.
Os pneus agora serão identificados apenas pelas cores: branco, amarelo e vermelho. O arco-íris da Pirelli que tinha ainda as faixas laranja, roxo e rosa foi extinto para simplificar para o público os compostos que cada carro estará usando: duro (branco), médio (amarelo) e macio (vermelho). O que não mudou foram os tipos de compostos que permanecem os mesmos, só que agora eles são chamados de: C1(antigo duro), C2(antigo médio), C3(antigo macio), C4(antigo ultramacio) e C5(antigo hipermacio). Os supermacios foram banidos pela Pirelli, e os de pista molhada continuam sendo: verde (intermediário) e azul (chuva).
Protagonistas
A grande atração da temporada será mais uma vez a disputa que promete ser acirrada entre Lewis Hamilton (Mercedes) correndo atrás do 6º título e dos recordes de Michael Schumacher, contra Sebastian Vettel (Ferrari), tetracampeão, mas que deixou a desejar nos dois últimos anos com erros cometidos em momentos cruciais do campeonato. Vettel terá este ano uma pressão a mais além da cobrança dos italianos por um título que a Ferrari não ganha há muito tempo: a chegada do promissor Charles Leclerc como novo companheiro de equipe que pode até entrar de cabeça nesta disputa de Vettel com Hamilton.
Três nomes que merecem atenção: Daniel Ricciardo que trocou a Red Bull pela Renault; Kimi Raikkonen que ganhou sobrevida na Fórmula 1 com a Alfa Romeo (ex-Sauber), e a volta de Robert Kubica (Williams) depois de oito anos afastado desde o grave acidente de rali, em 2011. A missão de Kubica, porém, não será nada fácil com a crise interna que a Williams atravessa.
Caras novas
Três jovens e promissores pilotos debutam este ano: os britânicos, George Russell (Williams), Lando Norris (McLaren), e o tailandês Alexander Albon (Toro Rosso). Há ainda um quarto nome, Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo), que só não é estreante porque em 2017 disputou 2 GPs pela Sauber.