O poder da atenção seria completo, se soubéssemos e dedicássemos um pouco mais a este grande poder. Com certeza evitaríamos os tropeços em pequenas pedras - pois que - "ninguém tropeça em montanha", na visão do terapeuta transpessoal Harry Tadashi Kadomoto, no seu livro com esse mesmo título.
Tropeçamos em pedras pequenas quase todos os dias, e é isso que nos leva à dificuldade de conhecer o outro e, principalmente, a nós mesmos, que não somos capazes de fazer a leitura não verbal do outro. Agimos sem pensar nas consequências. Quantas vezes estamos ao lado das pessoas e nem sempre estamos com elas. A desatenção é cruel, dói no outro.
Por isso, tem gente que conversa olhando nos olhos do interlocutor. Eu conheço uma "pessoinha" que, quando quer saber a verdade, diz: "olha aqui no meu olho!"
Terrível isso. Sabe por quê? Mesmo que não estejamos mentindo, incomoda. Fico todo desajeitado. Mas essa história de - olha nos meus olhos - tem sentido assim: "Quer realmente enxergar uma pessoa? Olhe para seus olhos. O sorriso disfarça as coisas, esconde o que o coração sente, mas os olhos não". Os olhos são as janelas da alma.
Fernando de Miranda Jorge - Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG - e-mail: fmjor31@gmail.com