A Escola do Legislativo da Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso participa pelo sexto ano consecutivo do projeto Parlamento Jovem. Em 2019, o tema debatido é a discriminação étnico-racial. A segunda oficina foi realizada na quarta-feira (27/3), e tratou do funcionamento da Câmara e de orçamento público. O lançamento do PJ ocorreu em 18 de março. Já no dia 20, a primeira oficina contou com a presença de uma vereadora de Passos, Aparecida Dias (Dona Cida), que falou sobre o papel do vereador e de sua experiência pessoal.
A oficina contou com dois convidados: o ex-prefeito Mauro Zanin, que levou informações para que os alunos pudessem entender o funcionamento dos processos políticos, e a advogada Valéria Salvador, que falou sobre os aspectos jurídicos envolvendo o tema da discriminação e sua experiência pessoal enquanto pessoa negra.
O Parlamento Jovem de Minas é um programa de formação política de estudantes do ensino médio, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em parceria com câmaras municipais de todo o estado. Além de discutir os desafios para o enfrentamento da discriminação, os alunos também terão a oportunidade de conhecer melhor a política e os instrumentos de participação no Poder Legislativo.
Em Paraíso, 57 jovens de sete escolas se inscreveram para participar em 2019. Até junho, serão realizadas oficinas de formação e discussões sobre o tema do ano, que devem culminar na elaboração de propostas nas plenárias municipais. As propostas priorizadas serão discutidas e votadas nas plenárias regionais até agosto. Em seguida, as propostas votadas são encaminhadas pelos polos para consolidação de um documento a ser discutido e votado na plenária estadual, em 20 de setembro, na ALMG.
Segundo destaca o vereador Vinício Scarano, o Parlamento Jovem é um projeto que ele acredita muito, principalmente na formação político-cidadã que ele proporciona aos jovens do nosso município. "Eu sinto que o engajamento sempre parte daqueles que querem defender alguma causa da minoria, como negros, direitos LGBTQ+, acessibilidade ao portador de alguma deficiência entre outras causas específicas", diz.
Todavia, Scarano conta que é preciso mais jovens se envolverem na causa, já que apesar de ter muitas inscrições quando se inicia o processo, não há uma mesma participação desses jovens nos encontros. "É preciso da participação dos nossos jovens como um todo. Esse projeto é sensacional e estamos com 112 Câmaras Municipais em Minas Gerais e cada ano que passa cresce mais e mais o projeto", completa.