Com o objetivo de mapear os entraves que prejudicam o desenvolvimento da economia, aumentar a competitividade entre empresas, reduzir a burocracia e, como consequência, gerar empregos, foi lançado pelo governo federal, em Belo Horizonte, o programa Mobilização pelo Emprego e Produtividade, do Ministério da Economia. Minas Gerais foi escolhida para dar início ao projeto, que passará por todos os estados brasileiros, identificando e debatendo políticas públicas para gerar emprego e renda aos municípios. O deputado1º vice-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Antonio Carlos Arantes e o presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles participaram da solenidade junto com o governador Romeu Zema.
O governador Romeu Zema, que participou do lançamento ao lado do secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, ressaltou a necessidade de se buscar "a simplificação da vida de quem trabalha" e, assim, auxiliar na criação de vagas de emprego em todo o país. Minas Gerais já deu alguns passos nesse processo. Ainda em fevereiro, o governador criou uma comissão especial para estudar na área tributária todos os entraves que existem em seu território, com foco na desburocratização. "Aqui (no Brasil), uma empresa leva 30, 45 dias para fazer o desembaraço na alfândega, o que fora do país acontece em dois dias. A energia é mais cara, é preciso investir muito mais em segurança", criticou Zema.
Segundo o governador são os custos ocultos que o Brasil acarreta que atrapalham o desenvolvimento. "Alguma coisa está errada em um país que funciona dessa forma. Só vamos destravar essas amarras a partir dessas propostas colocadas aqui. Estamos há décadas complicando a vida de quem trabalha e precisamos reverter esse processo. Fico honrado de estarmos lançando aqui esse projeto tão significante", disse.
O governo federal também já começou a atuar nesse sentido. Durante o lançamento do programa, nesta sexta-feira, foi inaugurado o webaplicativo Mobiliza Brasil. Por meio dele, empreendedores poderão indicar os principais obstáculos que enfrentam e, assim, pautar o governo e sugerir políticas públicas necessárias para solucionar essas questões. "O Brasil foi, aos poucos, se tornando inviável. A economia não volta a crescer hoje; não tem outra razão a não ser porque há correntes. Tenho certeza absoluta de que o Brasil voltará a crescer, e muito", declara.
Segundo ele são as pequenas empresas que vão transformar o país. "Estamos lançando aplicativo para formalizar e ele está aberto para qualquer um que queira dar ideias de destravamento, de simplificação; todas elas serão devidamente tratadas e consideradas. É possível colocar quais são os maiores desafios da sua empresa, vamos mapear por estado e municípios e repassar aos governos estaduais e municipais", acrescenta.
Para o deputado Arantes, o setor tem muito a dizer: "Ser empreendedor no Brasil é muito difícil por causa da burocracia e das altas taxas tributárias, o que resulta na perda de produtividade e competitividade. Temos que mudar isso. E ninguém melhor do que os próprios empresários para mostrar o que deve ser feito", ressaltou.
O programa é uma iniciativa do Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Produtividade (SEPEC), em parceria com os governos estaduais e o Sebrae. O objetivo é remover obstáculos à produtividade e à competitividade, promovendo uma parceria público-privada com quem produz para a geração de empregos e renda nos municípios.
Para isso, o governo federal quer ouvir os empresários. Na avaliação do presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles, este é o momento ideal para adotar essas políticas empreendedoras no Brasil. "O Sebrae quer ajudar a fazer esse trabalho. Vivemos um momento especial no país, em que há coragem de destravar o Brasil", completa.