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Ricardinho Pimenta: jovem escritor que quer o mundo um lugar melhor para se viver

"O que me inspira é a vida"
Por: João Oliveira | Categoria: Entretenimento | 24-06-2019 09:22 | 2500
Ricardinho Pimenta escreve seu primeiro livro de poesias:
Ricardinho Pimenta escreve seu primeiro livro de poesias: "Guiado pelo Vento Foto: Divulgação

O sorridente Ricardo Pimenta de Pádua Araújo, mais conhecido como Ricardinho Pimenta, carrega no semblante uma luz que é difícil de explicar. Jovem escritor, transporta para o papel suas experiências carregadas de histórias de superação e otimismo. Ele acredita que o que falta para o mundo são mais mensagens positivas. Desde muito cedo, a escrita faz parte da sua vida e aprendeu a ler quando ainda tinha apenas quatro anos, e a falar desde os 11 meses. Todas essas características o impulsionaram a estudar Letras e a escrever poesias, que foram compiladas em um livro e que será lançado neste sábado (22/6). Filho do bancário aposentado, Ricardo Araújo e da professora Claudia Pimenta, aos 20 anos diz que ainda há muito coisa para acontecer.

Jornal do Sudoeste: Como foi sua infância?
R.P.P.A.: Foi uma infância muito boa, aproveitei muito, brinquei bastante, foi uma infância normal como de toda criança. Ainda criança já escrevia, não sério como hoje, mas é algo que sempre gostei de fazer; desde pequeno também sempre levei a escola a sério, o que ajudou muito. Foi uma infância bem tranquila e marcante, com momentos positivos. Naquela época ainda podíamos brincar na rua. Ainda mantenho contato com amigos e vizinhos desta época. A rua aqui não mudou nada, só a gente que cresceu um pouco.

Jornal do Sudoeste: E na escola, como foi?
R.P.P.A.: Também foi um período muito bom e tinha notas boas. Comecei estudando no Colégio Crescer, onde fiz todo o Ensino Fundamento I e II, depois para o Ditão, onde me formei no Ensino Médio em 2016; depois de formado, prestei vestibular e desde então estudo Letras. Minha disciplina favorita era Língua Portuguesa (risos). Tive aulas com a Silvia Pessoa Rodrigues, que foi uma das minhas influências para estudar Letras - ela é cantora no Paraíso em Seresta. Também sempre gostei de compor, de fazer redação e criar peças teatrais, mas também tem a influência da família, minha avó gosta muito de escrever, a minha mãe também é professora. Meu pai também tem essa característica, já escreveu poemas e trabalhou em teatro. Tudo isso colaborou.

Jornal do Sudoeste: E o que você mais gosta de escrever?
R.P.P.A.: Atualmente estou mais focado em escrever poesias e peças teatrais. Já escrevi para o Paraíso Companhia de Teatro, que era do Ditão. Na Oficina de Teatro Sebastião Furlan estou com uma peça e duas sinópses para serem aprovas e desenvolver. A minha primeira peça foi "Meu Destino é Você"; o público gostou muito (apesar de não ter sido muito divulgado dado ao tumulto da época); mas de maneira geral, gosto muito de escrever poesias e estou trabalhando em um livro, mas ainda não há nada para divulgar a respeito.

Jornal do Sudoeste: O que o levou a escrever esse livro "Guiado pelo Vento"?
R.P.P.A.: É um livro que eu fui desenvolvendo aos poucos; tem poesias que eu escrevi em 2014 até 2018. As que mais me identifico foram as que escrevi de 2016 em diante, acho que têm mais a minha cara e é uma poesia mais madura. Minhas inspirações vêm da minha própria história de superação, do amor e esses sentimentos todos.

Jornal do Sudoeste: Qual é sua poesia favorita?
R.P.P.A: É difícil escolher uma específica. Minha poesia aborda apenas sentimentos positivos, porque eu acho que o mundo precisa de mais sentimentos assim, mais esperança, mais amor, mais fé. A vida está muito "pesada", e muito corrida, então se eu puder, e as pessoas também puderem fazer sua parte, deixando uma mensagem positivo, isto já ajuda bastante.

Jornal do Sudoeste: Você também deve gostar de ler, qual é seu gênero favorito e quais são seus autores?
R.P.P.A: Eu leio muito, e entre esses autores estão Shakespeare (Romeu e Julieta, Hamlet e por aí vai), Machado de Assis, Fernando Pessoa. Na TV tem Roberto Gomes Bolãnos (criador do Chaves), Charles Chaplin e, ainda, entre os brasileiros, tem um pouco do Mazzaropi. Entre os gêneros que eu mais gosto estão o romance e a poesia, que eu me identifico mais, são traços que quem ler o meu livro vai poder perceber bem.

Jornal do Sudoeste: O que mais o inspira na hora de escrever?
R.P.P.A:  Não existe um preparo e não adiante eu sentar e pensar em escrever algo, desse jeito não funciona. O que me inspira é a vida, se você olhar para todos os lados, é possível escrever algo. Quando a história vem, eu apenas desenvolvo, é algo meio mágico que acontece e é por isso que não adianta sentar com a finalidade de escrever e é por isso que eu sempre tenho um papel à mão. São fases, dias tranquilos a cabeça flui um pouco mais...

Jornal do Sudoeste: Você estuda Letras. Como tem sido?
R.P.P.A: Estudar Letras foi uma decisão que tomei em parte pelas professoras que me inspiraram, como a Maria Rita Tubaldini e a Sandra de Paula Dias, que me deram aula no Colégio Crescer, e a Silvia Pessoa. Além disto eu sempre gostei muito de literatura, principalmente a clássica, do Realismo ao Modernismo, sempre gostei dessa parte em Língua Portuguesa. Claro que as outras áreas também são importantes, mas sempre foquei na Literatura que me ajuda a aprimorar a escrita, e nesse sentido a faculdade me ajuda muito.

Jornal do Sudoeste: Você também já escreveu para o Jornal do Sudoeste. Como foi essa experiência?
R.P.P.A: Sim. Conheço o Nelsinho, diretor do Jornal,  já a algum tempo do Paraíso em Seresta, onde a Silvia, que foi minha professora, também canta. Foi o Marcelo Morais, que também foi meu professor, que me apresentou a ele e mostrou meu trabalho. Nelsinho gostou e a partir de então passei a escrever para o Jornal sobre esporte, que é outra coisa que eu gosto muito. Fiquei por um tempo, onde escrevia para todas as edições de quarta. Foi uma experiência ótima e que me enriqueceu muito como pessoa e me ajudou a conhecer outras linguagens e outra vertente da escrita. Gosto muito de esporte, mas hoje em dia não dá muito tempo para acompanhar.

Jornal do Sudoeste: Você diz que escreve muito sobre suas experiências de superação. Como é passar isso para o papel, já que você não é alguém que não se entrega às dificuldades.
R.P.P.A: Eu costumo dizer que se você não tiver fé, você fica sem um norte, é o que eu acredito. Respeito pessoas que não têm fé, mas acredito que sem ela você fica sem rumo. Eu fui uma criança prematura e estou aqui hoje pela fé que meus pais tiveram. Quero passar essa energia positiva para frente, acredito que uma das minhas missões é transmitir essa mensagem para que as pessoas nunca desistam de seus sonhos. Eu costumo dizer que se Deus me deu esta oportunidade, tenho que passar para frente.

Jornal do Sudoeste: Seus pais são grandes apoiadores de seu trabalho. Como é receber todo esse incentivo?
R.P.P.A: É primordial para que eu possa seguir a vida, senão não conseguiria e é sempre bom estar junto deles, conversar sobre o que é certo, o que é errado, discutir e seguir o caminho pautado naquilo que acreditamos.

Jornal do Sudoeste: O lançamento de "Guiado pelo Vento" é neste sábado, como estão as expectativas?
R.P.P.A: Sim, é neste sábado (22) e a entrada é gratuita. O evento acontece no Teatro Sebastião Furlan, o livro para quem quiser levar no dia será R$20 e terá outras atrações, que não posso adiantar muito porque será surpresa. Também irei ministrar uma palestra rápida, porque também sou palestrante e falo sobre amor, superação e sobre o espiritismo, que é minha religião e me ajuda muito. Estou muito animado e ansioso para o evento. Minhas expectativas estão muito positivas e espero que as pessoas se identifiquem com as histórias, se emocionem, é este meu propósito. Não há nada mais gratificante que ver as pessoas se emocionarem e sorrirem com uma obra sua, não há dinheiro que pague isto.

Jornal do Sudoeste: Qual o balanço que você faz dessa trajetória até aqui?
R.P.P.A: Passa um filme muito grande pela minha cabeça. É uma vida boa, bem vivida até aqui, e uma trajetória de muito luta e superação, mas de momentos mais felizes que tristes. Tem muita coisa para acontecer ainda, se Deus quiser.