SESC

SESC fecha sete unidades em Minas

Paraíso está à espera dos projetos urbanístico e arquitetônico do Sesc
Por: Roberto Nogueira | Categoria: Esporte | 09-09-2019 10:25 | 7709
Após visitas técnicas estão sendo elaborados projetos de reestruturação para as edificações da unidade do Sesc em Paraíso
Após visitas técnicas estão sendo elaborados projetos de reestruturação para as edificações da unidade do Sesc em Paraíso Foto: Arquivo

Uma audiência pública da Comissão de Prevenção e Combate ao Uso de Crack e Outras Drogas foi realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde foi denunciado o fechamento de unidades como escolas e pousadas do Serviço Social do Comércio (Sesc) em sete municípios do interior. As acusações são de que as medidas estariam ocorrendo por retaliações políticas.

A motivação para a represália é que os representantes dos municípios atingidos estariam entre os que mais se manifestaram a favor de uma gestão ética na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG). Existem vários questionamentos reacionados ao fato da direção anterior da entidade, que tem o Sesc como integrante do Sistema S, estar sendo investigada por improbidade administrativa e desvios de recursos.

As queixas apontam para razões outras que não o aspecto econômico, já que não haveria motivos financeiros que justificassem o encerramento das atividades nos municípios mencionados. Houve até mesmo a acusação de que o Sesc estaria se antecipando à fala do ministro Paulo Guedes de que haveria cortes no Sistema S, o que chamou de “gestão do medo”. As reclamações citam ainda que diferente de outros estados Minas está na contramão ao reduzir investimentos, enquanto que obras do Sesc são inauguradas pelo País.  Há quem aponte que o Sesc-MG teria um índice geral de liquidez dos melhores do País, inclusive com caixa, para cada real a ser pago, R$ 3,81, contra R$ 0,61 no caixa de outro estado vizinho.

O diretor administrativo regional do Sesc, Grijalva Duarte Júnior, argumentou que desde 2017 o Sistema S vem passando por uma readequação de sua estrutura, iniciada pela área administrativa, e que desde maio deste ano a gestão regional é compartilhada com a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Ele informa que há em Minas 35 unidades do Sesc, grande parte da década de 1970 e por isso necessitando de obras de reforma, segurança e acessibilidade. Segundo Duarte só para obras de acessibilidade teriam sido despendidos R$ 4 milhões para unidade em Almenara, além de que unidades em áreas enormes estariam pouco ou subutilizadas.

O dirigente ainda disse que atendimentos que venham a ser impactados com o fechamento de unidades deverão ser cobertos por carretas e unidades móveis do Sesc já existentes, como Biblioteca Volante, Carreta Odonto, Sesc Saúde da Mulher e Sesc Oftalmo. Por outro lado, ele sugeriu a criação, pela ALMG, de um grupo de trabalho em defesa do Sistema S, inclusive para interlocução com o governo federal. Duarte Júnior negou questões políticas e disse que o serviço passa por “revisão de custos operacionais”.

Paraíso está à espera dos projetos urbanístico e arquitetônico do Sesc
São Sebastião do Paraíso aguarda a elaboração dos projetos arquitetônico e urbanístico para a completa reestruturação da área da Praça de Esportes Castelo Branco, que conforme contrato firmado deverá abrigar a unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc), na cidade. O prefeito Walker Américo Oliveira estará em Belo Horizonte na próxima semana para reunir-se com dirigentes da entidade e verificar o andamento das proposições.

A expectativa é de que o Sesc deva investir R$ 5 milhões para reestruturar a Praça de Esportes, melhorando todo o espaço e implantando projetos de lazer, cultura e educacionais, tanto para sócios — que serão mantidos no quadro social, e a população como um todo.

A doação da Praça de Esporte Castelo Branco ao Serviço Social do Comércio de Minas Gerais (Sesc-MG) teve transferência assinada em julho do ano passado e, naquele mesmo momento a antiga área que pertencia a entidade teve documento de retrocessão assinada pelo presidente interino da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio/MG), Lúcio Emilio de Faria Júnior para que a UFLA pudesse ter um espaço para o seu campus no município. Desde então, foram feitas visitas técnicas realizadas pelo Sesc em Paraíso, mas até o momento não há sinais de obras no local, bem como apresentação de projetos. A promessa da vinda do Sesc para São Sebastião do Paraíso já existe há mais de 10 anos.

A última tratativa neste sentido ocorreu em 5 de maio, depois que a empresa Torres Miranda Arquitetura, de Belo Horizonte, foi contratada pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), para elaboração do projeto da unidade de São Sebastião do Paraíso. Na oportunidade o arquiteto Maurício Miranda esteve no município e reuniu pela primeira vez com a Prefeitura para tratar da implantação do Sesc, e também para conhecer a legislação urbanística local.

O profissional contratado visitou as instalações da antiga Praça de Esportes Castelo Branco e se reuniu com o servidores do setor de Desenvolvimento Econômico, Planejamento Urbano e Trânsito da Prefeitura. Os responsáveis pelas pastas repassaram a ele as diretrizes urbanísticas que devem  ser obedecidas para a implantação da unidade no município.

Á época afirmou-se que o projeto arquitetônico e urbanístico da unidade do Sesc/Paraíso deveria ser apresentado pela empresa contratada dentro do prazo de 150 dias.

Em janeiro deste ano o Jornal do Sudoeste em contato com a Fecomércio, indagou se havia recursos assegurados para a remodelação da Praça de Esportes Castelo Branco, conforme ficou ajustado com município paraisense. A assessoria de imprensa informou que é importante esclarecer que “apesar de o Sesc compor o Sistema Fecomér-cio-MG, Sesc e Senac, tem-se que as três entidades são autônomas e independentes entre si, sendo cada qual gerida e administrada por seus respectivos Conselhos e, no caso da Fecomércio, por sua diretoria.

Assim, não obstante eventual alteração nas receitas do Sistema S, todo e qualquer assunto envolvendo projetos da entidade carece de deliberação do respectivo Conselho, órgão competente para tal, não nos sendo possível (Fecomércio MG) dispor e manifestar sobre projetos do Sesc”.