Quem acompanhou o futebol da AAP - “A Mais Querida”, lembra das grandes equipes que foram formadas ao longo da sua gloriosa história. Não é incomum alguém de várias partes do País fazer alusão ao renomado e inesquecível futebol da AAP ao comentar sobre a nossa querida Paraíso. Vale dizer que, o futebol da AAP é memorado também como referência nacional.
Nos anos de 1968/1970, por exemplo, época da Copa do Mundo no México, em que o Brasil sagrou-se campeão tornando-se tricampeão do mundo, na AAP grandes equipes de futebol eram formadas da integração e engajamento de vários atletas da região e do futebol do interior paulista, seguindo a tradição do profissionalismo adotado pela gestão competente do saudoso presidente Gilberto de Carvalho e do trabalho perseverante e exaustivo de muitos e apaixonados colaboradores dessa custosa empreitada.
Pessoas do setor empresarial da cidade, sócios torcedores, além da participação incessante de diversos auxiliares voluntários da área médica esportiva, de arbitragem, gráfica, fotográfica, de comunicação, administração, em geral; paraisenses como: Elzio Bérgamo, Anibal Deocleciano Borges, Professor José Carlos Maldi, Bim Cauduro, José Luiz (Ponte Nova), José Santos (Zé Boi), Caiafa, massagista Senhor João Ribeiro (João da Izoldina), o excepcional ex-goleiro Valdemar Lanzoni, o médico Antonio Westin, To-ninho do foto, João Marcomini (Campolongo), Mosenhor Mancini, dentre outros incansáveis colaboradores, que não mediam esforços para manter ativo e duradouro o futebol da AAP.
Atletas talentosos oriundos das cidades como: Passos, Itaú, Monte Santo, Sacramento, Campinas, Ribeirão Preto, Batatais, Altinópolis, Tapiratiba etc., mesclavam com os jogadores da própria cidade para a composição efetiva dos elencos dos times formados. No majestoso Estádio Comendador João Alves, totalmente reformado para proporcionar conforto, segurança e comodidade aos seus torcedores e frequentadores, principalmente o gramado para assegurar a prática do futebol. Perfilavam jogadores de altíssimo nível, alguns chegando inclusive a marcar época e se tornarem ídolos da torcida alviverde, tendo suas imagens até vinculadas ao Clube. Jogadores como o parai-sense Pelé, Pelezinho, ou Toinzinho, que hoje mora em Campinas (SP), considerado um dos maiores centroavantes de todos os tempos do futebol de Paraíso e região, além do legado deixado como cidadão exemplar dentro e fora do campo, que jogou na AAP e no Operário EC, além de várias equipes do futebol do interior paulista, sempre como ídolo e tantos que se destacaram na cidade.
Os campineiros Marcos ponta direita vindo do Guarani FC e o meia Adilson vindo da Associação Atlética Ponte Preta, também lembrados pelo torcedor alviverde não somente pelo excepcional futebol que jogavam, mas, sobretudo, pelo caráter impecável demonstrado no período em que permaneceram em Paraíso; valendo lembrar, ainda, do eficiente lateral esquerdo Eulálio e outros jogadores da cidade de Ribeirão Preto e, mais, do volante Japonês e do atacante Nininho, atletas espetaculares, ambos da cidade de Tapiratiba (SP).
Por último, não se pode deixar de mencionar com louvor a importância no contexto dos nomes dos técnicos ou treinadores Américo (Sr. Américo) de Ribeirão Preto e Jura da cidade de Campinas.
Assim, esse breve relato rememorando as equipes que fizeram parte da história da AAP - Associação Atlética Paraisense, tem como base um patrimônio comum, compartilhado pela entidade Clube e por todos aqueles que fazem parte de sua história, de seus fundadores, passando por seus grandes ídolos, atuais e do passado, até seus colaboradores e aficionados, como esse paraisense torcedor apaixonado da AAP - A Mais Querida.
CÉZAR DE PAULA Paraisense/radicado em Campinas/SP (Esta matéria foi originalmente publicada pelo Jornal do Sudoeste em 27/12/2017).