HIDRÔMETRO

Consumidor de água tem pago pelo ar que passa pelo hidrômetro

Por: Sebastião Tadeu Ribeiro | Categoria: Brasil | 10-11-2019 09:33 | 8460
Vejam nesta ilustração que a válvula antiar é instalada na canalização do hidrômetro antes da água e o ar passar pelo relógio medidor de consumo
Vejam nesta ilustração que a válvula antiar é instalada na canalização do hidrômetro antes da água e o ar passar pelo relógio medidor de consumo Foto: Reprodução

O que mais se ouve são reclamações de consumidores paraisenses em relação ao valor cobrado nas contas de fornecimento de água, que vem acrescida com a taxa de esgoto, consideradas “muito altas”.

Explicações são atribuídas primeiramente a consumos exagerados, desperdícios por parte de consumidores, vazamentos não percebidos. Outra causa é o acréscimo da taxa de esgoto, cobrado na conta. Segundo informações contas também têm valores acrescidos em 30%, e até mais, ocasionado pela presença de ar na tubulação de água que faz o hidrômetro (relógio medidor de consumo), girar como se por ele estivesse passando água.

Com certeza, a maioria dos consumidores, Brasil afora, não tem conhecimento deste fato. Por este motivo, vários prefeitos e vereadores em municípios mineiros estão criando leis que obrigam a instalação de equipamentos antiar, que eliminam ou bloqueiam ar nas tubulações.

O equipamento é instalado no encanamento antecedendo o hidrômetro de cada imóvel, seja residencial, comercial, de serviços ou industrial. O equipamento deve ser autorizado e regulamentado pela Agência Reguladora do serviço público e Inmetro.

Como exemplo de autoridades comprometidas com a defesa de comunidades contra abusos de poder econômico, o atual prefeito de Divinópolis, Galileu Machado, sancionou lei municipal que obriga a Copasa a instalar referido equipamento.

A população de Divinópolis somente não gostou e não aprovou um detalhe, o que determina que consumidores devem arcar com o custo do equipamento. Alega-se que além de pagarem conta indevida, ainda têm que pagar pelo bloqueador de ar.

Em Lavras, Sul do Estado,, foi também aprovada lei nesse sentido, e nela ficou estabelecido que o custo do aparelho fica por conta da Copasa.

Em Macaúbas, Estado da Bahia, foisancionada lei que autorizou a Empresa de Saneamento de Água e Esgoto a instalar bloqueadores de ar, custeado pelo consumidor, mas com a possibilidade de dividir em até 12 vezes o custo do bloqueador de ar. Importante salientar e alertar aos paraisenses que somente a Copasa é autorizada a instalar a válvula antiar nos hidrômetros.

Fica a sugestão ao prefeito Walker Américo e à Câmara Municipal para que faça projeto de lei nesse sentido dotando imóveis já existentes com o equipamento, prevendo, inclusive, que nas novas edificações ao se fazer a ligação hidráulica já sejam dotadas com válvulas antiar.