Sangue no ar,flores no chão,
flechas na estátua de São Sebastião.
Vidros quebrados, em vão...
Sonhos que nunca têm fim,
e o constante ruminar do capim,
do gado lÁ em Pequim.
O homem desceu na lua,
mas sequer atravessa a rua,
pra cumprimentar o vizinho.
E mesmo com suas invenções
Onde se conecta a milhões,
está cada vez mais sozinho.
Inventamos a grande bomba,
para enfim matar a pomba,
que simbolizava a paz.
Gentilezas esquecidas,
distanciaram-se da vida.
E a vida ficou pra trás
Sangue no ar, gente infeliz,
tocam os sinos da matriz.
O copo está transbordando...
Vida que segue sem graça,
crianças esperam na praça,
o futuro que vem chegando.
André Cruvinel - Presidente da Academia Paraisense de Cultura