O deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB) participou na terça-feira (03/10) de reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência que aprovou requerimentos dele e do presidente da comissão, Duarte Bechir (PSD), para vistoriar instituições que atendem pessoas com deficiência em Belo Horizonte e no interior.
Os requerimentos determinam a ida dos deputados às instalações para conhecer as condições de funcionamento e as intervenções que precisam ser feitas pelo Estado para melhorar o atendimento à pessoa com deficiência.
A pedido do deputado Arantes, a Escola Estadual de Educação Especial Mariana Marques, de São Sebastião do Paraíso, será uma das instituições visitadas. "A Escola Mariana Marques era referência no atendimento ao aluno com deficiência. Por isso, quem estudava ali apresentava excelentes resultados. Agora, o governo Pimentel quer acabar com as escolas especiais e integrar todo mundo, mas os especialistas sabem que isso só dificultará a vida de quem precisa de atendimento especial", justificou.
O deputado também lamentou o fim da Escola Estadual de Educação Especial Padre Pascoal Berardo, de Monte Santo de Minas: "A minha tristeza é maior ainda quando vejo que a de Paraíso está indo pelo mesmo caminho".
Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência decidiu ainda que serão visitadas as Escolas Estaduais Sandra Risoleta de Lima Hauck e Doutor Amaro Neves Barreto; o Instituto Pestalozzi e o Núcleo Assistencial Caminhos para Jesus, todas elas localizadas em Belo Horizonte.
DEPOIMENTO DE QUEM ENTENDE
Arantes ficou impressionado com o depoimento da ex-diretora de escola especial Vilma de Oliveira Dias, que hoje é diretora da Associação dos Diretores das Escolas Oficiais de Minas Gerais (Adeomg). Ela falou sobre a necessidade de atendimento especial para quem é especial. "É preciso preparar o aluno para ele se integrar na escola regular. Isso tem que ser feito aos poucos. Eles precisam de atendimento especializado para a reintegração pedagógica, para o início da escolaridade. Precisam participar de oficinas pedagógicas, de psicomotricidade, de educação inclusiva, até de terapias, como a da fala. No meu tempo, no final, a maior parte dos alunos era integrada à escola regular", afirmou.
A ex-diretora lamentou o fim das escolas especiais: "Estamos passando por um momento triste, pois muitas coisas que criamos estão se esvaindo", disse.