Desordem geral
Nos meus 85 anos de vida e mais de 60 de jornalismo nunca vi isso que estou assistindo, essa bagunça que virou os poderes da República: os presidentes do Senado, da Câmara e do Supremo darem palpites nas decisões do mandatário máximo do país. Eu, que vim para cá há 60 anos com Felinto Maia, pessoa centrada, calma e que teve a árdua missão de mudar Brasília, agora assisto o seu neto, Rodrigo Maia, criar problemas e dar show de nervosismo.
Peste
O Brasil estava se recuperando, mas veio essa pandemia que atingiu o planeta, esse castigo da espiritualidade e de Jesus Cristo, porque é bom relembrar: “Jesus Cristo é um espírito criador do céu e da terra”. Caso não haja entendimento entre o judiciário, legislativo e executivo o país vai por água abaixo, como aconteceu com a barragem de Brumadinho.
Em tempo
Já passaram por mim dezesseis presidentes da República e eu conheço tudo como a palma da minha mão. Falo com a autoridade de quem já viu de tudo, mas não como essa que participo agora. E prestem atenção, se o ser humano não se tornar melhor para ele, para o outro e para o mundo, essa peste vai continuar matando milhares de pessoas.
Aviso espiritual
Vejam bem esse trecho da “Carta aos navegantes” enviada depois da primeira reunião espiritual, comandada pelo Dr. Bezerra de Menezes e assinada pelo espírito de Alex Bardonnie: “O início da reversão do quadro mundial começará em 17 de maio, os médicos começarão a encontrar tratamentos eficazes para a diminuição da pandemia e um mês após este marco, todos terão a chance do renascimento. O Planeta ficará em observação por 180 dias, caso toda a consciência adquirida não resulte em mudanças comportamentais práticas, uma segunda onda pandêmica, desta vez mais rígida, está sendo preparada para justamente fixar todo o aprendizado, mas estamos confiantes que não será necessário, já que muitos gestos de amor, entendimento e reflexão estão sendo notados...”.
Fofurices à domicílio
A Páscoa está chegando e a RememBear, da minha talentosa amiga Fabiani Christine (foto), preparou opções lindas para você presentear nessa data especial. O atendimento está sendo feito via WhatsApp (61) 99330-6613 e Instagram @remembearbrasil e as entregas por Delivery.
Os boletos não param de chegar...
Enquanto diversos setores essenciais para a movimentação da economia sangram gradativamente, os impotentes trabalhadores terão que se virar para saldar suas salgadas contas.
Não bastassem todos os infortúnios, as cobranças não deixam de chegar: IPTU, IPVA, mensalidade escolar, água, luz, telefone, condomínio e seguro de saúde, que está pela hora da morte de tão caro... Seguir à risca o que dizem os especialistas, a fim de evitar catástrofes como as ocorridas em outros continentes, é importante não deixar de pagar a assistência médica em tempos de Covid-19. Com que salário?
A pergunta que não quer calar é: dado o dramático momento não seria ideal, humanitário e lógico, o governo postergar o pagamento dessas inúmeras contas para meses vindouros e parcelado, pós pandemia?
Tão em voga falar de saúde, empresas atuantes nesse mercado deveriam ser atingidas por medidas governamentais, que proibissem os aumentos exorbitantes de suas tarifas anuais, que estão quase se igualando ao salário dos assegurados. Com a palavra o Governo Federal, a ANS e demais órgãos e empresas responsáveis.
Campanha
Claudio Castro, diretor da tradicional corretora Sergio Castro Imóveis, que existe há 70 anos no Rio de Janeiro, criou a campanha “Isso vai passar, sairemos dessa muito mais fortes”, para incentivar as pessoas a terem paciência e aguardar pelo fim da pandemia. A empresa, que tem sete filiais na capital carioca, continua a vender e a alugar imóveis através de seu site, online. “Vamos ficar em casa. Trabalhar em casa. Sem perder o otimismo”, explicou o empresário.
Viva Serpa
Presidente da Fundação Cesgranrio e diretor geral da Casa Julieta de Serpa, o querido Carlos Alberto Serpa vai comemorar seus bem vividos 78 anos, nesta terça-feira, em Petrópolis, ao lado da sua elegante Beth. Por causa da pandemia do Coronavírus, o casal está recluso na linda casa da região serrana.
60 anos
Folclore
No comício de Jataí, em Goiás, uma chuva torrencial fez com que o comício de JK fosse dentro de uma garagem, em cima de um caminhão. Criou-se uma história em que o Toniquinho perguntou a Juscelino se ele iria cumprir a Constituição, construindo Brasília. Ele respondeu que sim, mas já estava na mente do presidente esta epopeia. A história do Toniquinho caiu no folclore.
Asfalto
Na nova capital poucas avenidas eram asfaltadas. A W3 tinha apenas um pedaço, com o famoso bar Chez Willie, a boate Macumba, o restaurante Caravelle e os do GTB - Grupo de Trabalho de Brasília, um com cardápio internacional e apelidado de UDN, do outro lado era o PTB, o bandejão. O restaurante mais chique era comandado pelo meu amigo Francisco Gagliardi.
Sufoco aumentando
Faltando menos de dez dias para a inauguração de Brasília, o sufoco maior era fazer funcionar o Diário Oficial. Pouca gente sabe ou ninguém nem nunca soube, que se tal não acontecesse não teríamos o grande acontecimento. Mas conseguimos com o apoio dos diretores, Alberto de Britto Pereira e Cisneiros. No dia 21 de abril de 1960, o milagre de JK estava cumprido.
O pão que o diabo amassou
Convocado por Felinto Maia para assumir a chefia da recepção, além de ser Relações Públicas do GTB, trabalhava praticamente 18 horas por dia, ouvindo desaforos dos funcionários transferidos sem os apartamentos prontos.
Alojamentos
Tive que fazer na 413 Sul, no JK, dois blocos de alojamento, onde eu dava toda a atenção, desde a condução - criei as linhas com dois ônibus para o transporte dos funcionários -, cafezinho, vela e fósforo. Quando os apartamentos ficavam prontos, eles não queriam largar, de maneira alguma, a mordomia.