Supremo criando caso
O Supremo Tribunal Federal começou a criar caso com a mudança da capital para Brasília. Certa manhã, faltando uns dias para a inauguração, Dr. Felinto Maia me chama para contar o desrespeito a lei.
Depois de relatar a insubordinação da Suprema Corte, contou que estavam em Brasília, o presidente do STF, Barros Barreto e o ministro Nelson Hungria, o mais ferrenho adversário da nova capital.
Coube a mim a dificílima missão de acompanhar o presidente do Supremo. Felinto Maia foi ciceronear Hungria. Eu até sugeri que ele, como presidente do GTB, deveria acompanhar o ministro Barreto.
Depois do almoço fui com minha Kombi buscar o presidente Barreto. O presidente JK já havia enviado o velho Rolls Royce. O céu estava negro anunciando uma tromba d’água. Sugeri ao presidente ir de Kombi para maior segurança.
Mas a vaidade imperou e não trocaram o carro velho pelo presidencial, já caindo aos pedaços. Pensei com os meus botões, vai dar problema. E lá fomos nós. Na frente, o motorista e o médico, e lá atrás, o presidente e o diretor. Eu fui no assento do ajudante de ordem.
O primeiro prédio a visitar foi no IAPC, hoje 106 Sul, de quatro quartos, ainda sem elevador e iluminação. Perguntas de toda ordem: se o leite era bom, sobre tipos de café, etc. Do céu, os primeiros respingos, e na partida o motor já deu o primeiro “soluço”. E eu só rezando. Dirigimos até o IPASE, hoje na 206 Sul, quando a tromba d’água desabou. Foi um Deus nos acuda: ventania com muita água, barro, o fim do mundo.
Amparei as autoridades nas portarias e foi aí que “a porca torceu o rabo”. Celular nem sonhar, fixo onde encontrar para pedir socorro? Foi aí que uma luz iluminou-me e lembrei do escritório de engenharia do IPASE.
O chefe Borba se não me engano foi muito gentil, mas ponderou: só tem um Jeep e está ótimo. Na hora da chuva não tinha lugar para mim no carro e fui do lado de fora com barro na cara e no corpo todo. Barreto queria conhecer o prédio do IAPB, hoje 108 Sul.
Já ia me esquecendo. Às 18h o presidente Barreto tinha um encontro com Niemeyer no Supremo, mas chegou atrasado e o mestre já tinha partido. Voltamos de Jeep para o Brasília Palace Hotel e me lembrei que no asfalto tinha um cano que foi coberto por cimento, virando um quebra-molas.
O engenheiro Borba estava atrasado, “voava baixo” e na hora que passou pelo tal quebra- molas “voou alto” e só não capotou por obra do divino. Quase chegando ao hotel o presidente do STF vira para mim e diz: “Meu caro Gilberto, vejo muitas dificuldades em fazer funcionar a Suprema Corte aqui”.
Com toda franqueza presidente, no dia 21 de abril de 1960, o STF estará instalado na Praça dos Três Poderes, custe o que custar. “Você nem parece genro do deputado França Campos, onde fazem as leis”. Desculpe presidente, mas as LEIS FORAM FEITAS PARA SEREM CUMPRIDAS!
E o Supremo se instalou. No dia 21 de abril a missa foi realizada em frente ao SFT, e JK chorou de emoção, ao lado de Jango (foto)
Mineiro brasiliense
Cheguei pobre, continuo pobre, mas durmo com a cabeça tranquila no meu travesseiro de nunca ter usurpado dos poderes que eu sempre tive na capital da República. Tenho a consciência tranquila, coisa que muitos aqui não têm. A minha única riqueza são os amigos que tenho. Escrevo o que quero, e o que não quero, não devo satisfação a ninguém. Tenho é orgulho de ter vindo para cá e ter contribuído para essa obra de Juscelino Kubitscheck, que colocou o Brasil em um lugar grandioso no concerto das demais nações do mundo. Tenho orgulho de dizer que sou um mineiro brasiliense. Mais brasiliense do que mineiro.
Temperatura
As emissoras de televisão falam da previsão do tempo de todos os estados, menos da capital do país. Qual será o motivo? Acho importante dizer como anda a temperatura por aqui, centro das decisões nacionais. A coluna vai divulgar esse serviço de utilidade pública, a partir de hoje. Brasília: Máxima de 24º, mínima de 19º, sujeita a trovoadas.
Agonia
Felizmente terminou o sofrimento de Jesus Cristo, que foi sacrificado, crucificado, morto, ressuscitado e agora está olhando a baderna que está acontecendo no mundo. Vendo a agonia daqueles que perderam entes queridos, dos que estão nos leitos dos hospitais e dos que estão isolados em suas casas por conta do coronavírus.
Mandetta: decida!
Com todo o respeito ministro, ou você fica e veste a camisa do governo ou sai para que outro faça isso. Ou resolve os problemas urgentes da Saúde ou passa o bastão. O que você não pode fazer num momento crítico como esse é deixar a vaidade assumir o lugar do médico, assim como dar ouvidos a pretensos candidatos à presidência, figuras que já estão queimados com o povo. O melhor seria você vestir o seu jaleco, arregaçar as mangas e ajudar o Brasil na luta contra esses vírus!
Ação solidária I
A LBV entregou mais de uma tonelada de alimentos, dentre os quais frutas, verduras e legumes para famílias em situação de risco social que residem na chácara Santa Luzia, na Estrutural. A ação faz parte da campanha SOS Calamidades, que visa amenizar os prejuízos da pandemia do novo coronavírus.
Ação solidária II
Além da cesta verde as famílias receberam mantimentos e kits de limpeza. A campanha continua, por isso, a LBV convida todos a participar dessa ação solidária para que as famílias em situação de insegurança alimentar não passem fome e tenham os recursos básicos e necessários nesse momento desafiador.
Pandemia e a Cidadania
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi participará da live que o cientista político Everton Gomes (foto) fará nesta quinta-feira, pela internet, sobre o tema “A pandemia do Coronavírus e a Cidadania”. “O PDT entrou com ação popular (pedido de tutela de urgência contra a União Federal e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto) para impedir que os bancos aumentem as taxas de juros e intensifiquem a rigidez nas exigências de concessão de créditos”, informou Lupi.
Raice
StopCovid
Na França, o rastreamento de celulares é uma possibilidade na luta contra a epidemia do Covid-19, mesmo sabendo que esta prática é proibida no país, para proteger as liberdades individuais. O aplicativo StopCovid deve ser lançado em breve, rastreando via bluetooth os contaminados pelo coronavírus. O objetivo é alertar aqueles que tiveram contato com casos positivos, controlando assim a propagação do vírus. O governo afirma que este aplicativo não será obrigatório, mas será uma ferramenta importante para a flexibilização do confinamento.
Solidariedade
Destilarias do mundo inteiro, de grandes grupos ou de pequeno porte, também entraram na luta contra o coronavírus. A produção de cachaça, rum, conhaque, armagnac, gin ou vodka foi adapta para fornecer álcool e combater a escassez de gel hidroalcoólico. No Brasil, a destilaria H. Weber (cachaças Weber Haus) está produzindo álcool exclusivamente para doação aos hospitais e postos de saúde. O diretor de Marketing, Mateus Weber, reforça que este produto não é álcool em gel, mas álcool 70% orgânico e que não será comercializado.
Aperitivos virtuais
Apesar do fenômeno dos aperitivos virtuais, a venda de bebidas alcoólicas na França não consegue decolar. Durante o confinamento obrigatório, enquanto as vendas de produtos de consumo aumentaram de 26%, algumas bebidas registraram uma queda drástica como o champanhe (-52,5%) e outros vinhos espumantes (-28,8%). Apenas as cervejas (+ 6,9%) e o vinho rosé (+ 3,2%) estão se saindo bem, certamente graças aos dias ensolarados desse início de primavera.
Doce agradecimento
O chef Philippe Joannès, gerente de eventos culinários do grupo Monte-Carlo Société des Bains de Mer está trabalhando com o Pole Sucré (equipe dedicada a fazer doces e chocolates para todo o grupo) para fazer ovos de Páscoa para distribuir no Monaco Hospital para todos os pacientes e funcionários médicos. Foram feitos quase 700 chocolates em apenas 3 dias! E destes deliciosos doces foram criados ovos de páscoa e chocolates com formato de peixe escrito “Obrigado” para agradecer à equipe médica e seu trabalho incrível, além de pequenos peixinhos para oferecer aos pacientes.