Funcionários da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) aderiram em Paraíso à greve categoria. Em torno de 75% dos funcionários cruzaram os braços. Apenas para cumprir uma exigência legal que determina a manutenção de serviços essenciais, a paralisação não foi total. O escritório da empresa em Paraíso também responde pelos municípios d eJacuí e São Tomás de Aquino.
De acordo com o representante local do Sindicato dos Eletricitários do Sul de Minas - Sindsul - Edilson Rodrigues Neves, todos os funcionários em Paraíso aderiram à greve, mas mesmo assim está sendo mantido um atendimento mínimo no escritório. Para tanto foi adotado um esquema especial para atender emergências. Em Paraíso, 22 funcionários trabalham para a Cemig, sendo 16 do quadro fixo e os demais para uma empreiteira. O representante do Sindsul salienta não existir em nenhuma hipótese a intenção de que a população saia prejudicada. “Podem estar tranqüilos que o fornecimento de energia será mantido”, explica..
Conforme foi anunciado por integrantes do movimento grevista, em Paraíso continuam normal o atendimento no balcão e serviços emergenciais. Asseguram que também não havia problemas em relação a leitura, entrega de contas, instalações e ligações. A emissão de contas não é feita pela Cemig sim de maneira tercerizada e automatizada, e esse é mais um motivo apontando que usuários não correm risco de sofrerem prejuízos.
A recomposição dos salários com base no INPC-IBGE, não aplicados para reajustar os vencimentos da categoria no período de novembro de 1995 a outubro de 1999 é a principal reivindicação. A categoria também pede a recomposição das perdas e reajustes, cuja a data-base venceu em 31 de outubro deste ano. Outra queixa dos funcionários da estatal mineira contém pedido de melhoria no tocante ao plano de saúde.
Amanhã à tarde em Belo Horizonte, está prevista uma reunião entre a diretoria da CEMIG e representantes do sindicato da categoria. Na região Sul - Sudoeste, Varginha, Pouso Alegre, Poços de Caldas, Três Corações Paraíso e Passos, entre outras, aderiram ao movimento. De acordo com dados divulgados pelo Sindisul em se considerando todo o Estado de Minas, a paralisação atinge 89% dos funcionários da Cemig.