Foi em 29 de junho de 1956 que o jornalista, radialista, escritor e compositor José de Paiva Netto teve o primeiro contato com a Legião da Boa Vontade, ao tornar-se um dos voluntários da Instituição.
Desde muito novo, mostrava que o Amor ao próximo seria uma grande marca em sua vida, um sentimento aprendido em família, principalmente com o exemplo materno. Sua saudosa mãe, Idalina Cecília de Paiva, costumava dizer: “Não podemos deixar ninguém que venha até em casa sem pelo menos um copo d’água, de mate ou um café”. E assim o menino José agia, com acréscimos consideráveis.
Próximo à residência da família no Rio de Janeiro havia uma ladeira, e era comum ver lavadeiras subindo aquelas ruas íngremes com enormes trouxas de roupas. Compadecido com a situação daquelas senhoras, quando presenciava o fato, se dirigia a elas e carregava o fardo até onde fosse preciso. Os moradores de rua que batiam à sua porta também eram atendidos e alimentados.
Essa virtude foi evidenciada por Paulo Roberto dos Santos Kruse, saudoso sobrinho de dona Idalina e ex-Fundação Getúlio Vargas. Em certa ocasião, ele afirmou: “Eu não era muito religioso, mas o José era especial. A vida toda se dedicou ao próximo. Desde muito jovem, ele não perdia a oportunidade de ajudar alguém. Sempre tinha uma palavra amiga e de conforto a todos os que dela eram carentes. Estava sempre no muro da vila conversando com pessoas idosas e constantemente ajudando”.
Aquele sentimento inicial foi crescendo com o passar dos anos, e, na década de 1960, ainda bem jovem, Paiva Netto começou a desenvolver conceitos sobre a palavra “Caridade” e a dar forma e características ao sentido do vocábulo “filantropia”.
Educador e filantropo
Nas últimas décadas, Paiva Netto tem se destacado como um dos brasileiros que mais têm contribuído para a Educação no país, e sua atuação tem crescido também, de forma notória, na América Latina e em outras partes do mundo. Segundo ele, investir nessa área precisa ser prioridade máxima para a consolidação da Cidadania Ecumênica, o agente facilitador do acesso à riqueza de um país.
A o longo de muitos anos, ele tem se dedicado a abrir unidades de excelência para o ensino formal e a capacitação de jovens para o mercado de trabalho, que têm como diferencial a aplicação da Pedagogia do Afeto e da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, criadas por ele. Estas utilizam uma metodologia própria, o MAPREI, que é colocada em prática na rede educacional da Instituição e em todas as atividades socioeducacionais promovidas por ela, e apresentam resultados significativos, que incluem o índice de evasão escolar zero.
Sob sua administração, a LBV passou a ter representação na ONU, no Departamento de Comunicação Global e no Conselho Econômico e Social, neste com o status consultivo geral, no qual contribui com recomendações e boas práticas socioeducacionais. Em todo o Brasil, a LBV mantém 82 unidades de atendimento sendo, entre elas abrigos para idosos; Centros Comunitários de Assistência Social; escolas de Educação Básica; e Escola de Capacitação Profissional, que atendem crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, gestantes e famílias em situação de vulnerabilidade social, garantindo o direito à educação e a uma vida digna e também feliz. Em 2019, foram mais de 13,6 milhões de atendimentos e benefícios prestados pela LBV, que trabalha permanentemente para melhorar a realidade de milhares de pessoas em todo o país.