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Gabriella Bonacini: Uma jovem mulher que dança com destino aos seus sonhos

“Busco uma melhor versão de mim mesma a cada dia”
Por: João Oliveira | Categoria: Entretenimento | 20-09-2020 09:13 | 1447
Gabriella Bonacini é educadora física e professora de Dança
Gabriella Bonacini é educadora física e professora de Dança Foto: Juliano Colombaroli

A Educadora Física e professora de Dança, Gabriella Bonacini de Castro Cardoso, é uma jovem mulher que  alimenta muitos sonhos e entende o real valor da família e da vida. Alegre, é uma profissional que encontrou na Dança uma válvula de escape para os problemas inerentes à vida e, com isso, passo a passo, muitos deles de dança, foi se encontrando e construindo seu próprio caminho. E a energia positiva que carrega não poderia ser diferente do restante da família: sua tia, a professora de Língua Inglesa Carol Bonacini, e sua mãe, que também é educadora física, Geovana Bonacidi, já foram entrevistadas por esta coluna. Filha de, como já citada, Geovana Bonacini e Renato Cardoso, aos 25 anos ainda tem um longo caminho pela frente, que se depender do carisma e do talento, será de muito sucesso.

Jornal do Sudoeste: Gabi, conte-nos um pouco da sua infância. Quais lembranças marcantes têm deste período?
G.B.C.C.: Eu me lembro da casa da minha avó, onde eu e minha mãe moramos por alguns anos depois que meus pais se separaram. Passava o tempo todo brincando de boneca e na rua, até esqueciam de mim! (risos) Eu aproveitei muito minha infância. Chamava as amigas para dançar e montava apresentações para família assistir. Eu adorava fazer isso!

Jornal do Sudoeste: Com foi o convívio familiar. Você é muito ligada à sua mãe, tias e avós, como é esta relação?
G.B.C.C.: Sou muito apegada a minha família. Eu e minha mãe somos muito parceiras! Mesmo trabalhando muito ela dava o jeitinho dela de estar sempre presente. Muitas vezes eu a acompanhava nos trabalhos, cursos e até na faculdade. Hoje, trabalhamos juntas e fortalecemos cada dia mais a nossa união! Minha avó Alice é meu amor. Como eu disse, ela nos acolheu e sempre me deu colo. Minha tia Carol é como uma irmã mais velha, trocamos segredos, experiências e muitas histórias! Adoramos curtir um pagodinho juntas! (risos)

E por último e não menos importante, a minha “fada” madrinha Renata é a melhor que eu poderia ter! Sempre fui rodeada do amor delas e sou muito grata por tanto! 

Jornal do Sudoeste: Na escola, como era a Gabi? O que mais gostava de estudar e quais lembranças têm deste período?
G.B.C.C.: Quando criança eu tive dificuldade em me adaptar, dei um trabalhinho, viu?! (risos) Mas na escola eu gostava de criar, de tudo que envolvia arte, e que não fosse falar em público porque eu era (e ainda sou) bem tímida nesse ponto. Nesfa e “Ditão”, que foram escolas em que eu estudei, sempre incentivaram os alunos com trabalhos e eventos assim. Eu acho isso muito bacana! Em aulas de Educação Física, lembro-me dos treinos de basquete no Nesfa, que chegamos a montar um time, competimos algumas vezes, foi uma época muito legal!

Jornal do Sudoeste: Você tem formação como Educadora Física, por que optou por esta formação?
G.B.C.C.: Não era uma decisão formada que eu tinha de cursar Educação Física. Quando terminei o Ensino Médio eu estava muito indecisa, não sabia que caminho seguir. Como cresci no meio de academia e o que eu mais amava fazer era dançar, optei por começar o curso, e só então eu pude ter certeza que era exatamente o que queria para a minha vida.

Jornal do Sudoeste: Conte-nos um pouco da carreira profissional...
G.B.C.C.: Eu atuo mais na parte de Dança infantil, juvenil e adulto. Atualmente estou me aprofundando no Treinamento Funcional. Com a Dança, já fiz trabalhos em escolas, dei aulas em uma unidade de saúde da cidade e promovi espetáculos.

Jornal do Sudoeste: Você sempre gostou de dançar? Como a dança surgiu na sua vida?
G.B.C.C.: Sempre! Comecei a fazer aula de Dança com 4 anos e a minha primeira professora foi a minha mãe! Adoro contar isso! Depois, nunca mais parei, sempre fiz Ritmos, fiz Ballet, um tempinho de Dança do Ventre… e pretendo praticar mais estilos!

Jornal do Sudoeste:  Em quê a dança pode nos ajudar frente a este momento complicado que vivemos?
G.B.C.C.: Como dizem “Quem dança os males espanta!” Estamos passando por um momento que gera muita tensão, é informação o tempo todo, ficamos sobrecarregados. Acredito que dançar alivia, mexe com o nosso corpo e com a nossa mente, libera hormônios do prazer, traz leveza para o nosso dia!

Jornal do Sudoeste: Você já planejou alguns espetáculos de dança. Conte-nos um pouco sobre suas produções, qual mais gostou de fazer?
G.B.C.C.: Sim, eu, a Tati Alípio (professora de Dança) e o Claudiney Lima (produtor). Todos foram muito especiais! Os meus preferidos foram o espetáculo “Malévola” e o “Tarzan”, que são duas histórias que eu adoro e foram uma delícia de produzir. O “Tarzan” me deixou piradinha! (risos) Sabe aquele frio na barriga que parece que não vai sair? O resultado foi demais! Aprendi muito com esse espetáculo.

Jornal do Sudoeste: Em Paraíso você acredita que faltam oportunidades para os profissionais da dança?
G.B.C.C.: Acredito que de uns tempos pra cá sim. Antigamente tínhamos mais oportunidades para apresentar nosso trabalho nos eventos da cidade. Adoramos uma apresentação de Dança e é um incentivo para nossos alunos que gostam também.

Jornal do Sudoeste: Você viveria sem dançar?
G.B.C.C.: Não me vejo sem dançar! Tornou-se um pilar na minha vida e acredito que já me salvou, algumas vezes, de muitas situações. A dança é como um refúgio que me faz bem, me faz sentir.

Jornal do Sudoeste: Ouvi dizer que você é apaixonada pelos animais. Conte-nos um pouco sobre isso...
G.B.C.C.: Eu amo! Sempre tive cachorro e alguns outros bichinhos, hoje tenho dois, são parte da família. Na academia onde eu trabalho, frequentam vários que acabam ganhando um nome e muito carinho! Ficam deitados lá na porta e alguns já são “de casa” e vão entrando. Acredito que sentem quem gosta deles, né? É incrível!

Jornal do Sudoeste: Já passou por algum momento difícil de ser superado? O que aprendeu com isso?
G.B.C.C.: Acho que todos passamos por momentos que mexem lá no fundo da gente. A primeira coisa que me veio à cabeça foi a separação dos meus pais, por exemplo, na fase em que eu estava vivendo, me deixou marcas que com o tempo fui ressignificando; a perda de pessoas especiais que é sempre difícil, mas vem carregado de lições sobre o real valor da vida.

Jornal do Sudoeste: qual a mensagem que você deixa para nossos leitores?
G.B.C.C.: A mensagem que eu deixo é para que as pessoas saibam tirar o melhor desse momento que estamos vivendo e não desejem “cancelar” esse ano de 2020. Sabemos que muitos sonhos e planos foram adiados e que não é fácil olhar para tudo que está acontecendo e não se chatear, mas vamos aprender, buscar coisas novas, cuidar da nossa saúde e bem-estar, curtir a nossa própria companhia e as pessoas que temos ao nosso lado.

Jornal do Sudoeste: Qual o balanço que você faz da sua trajetória até aqui?
G.B.C.C.: Minha trajetória até aqui tanto pessoal quanto profissional foi de muito aprendizado. O período da faculdade me abriu muito a cabeça, o meu dia a dia com as aulas lidando com pessoas diretamente me ensinam muito, enfim, eu sempre busco aprender com as fases boas e também as ruins. Busco uma melhor versão de mim mesma a cada dia.