REFORMAS

Com erros de execução na obra, Escola Prof. José Carlos Maldi vai passar por reformas

Por: Nelson Duarte | Categoria: Educação | 19-01-2021 14:21 | 2645
Foto: Nelson P. Duarte/Jornal do Sudoeste

A obra foi inaugurada sem condições para que a Escola funcionasse. Identificamos muitos serviços inacabados. Foi dinheiro jogado fora, e o município precisará gastar entre R$ 500 a R$ 700 mil para que funcione precariamente. A afirmativa é do secretário municipal de Obras de São Sebastião do Paraíso, Luerci de Paula Soares,  após avaliação feita na Escola Municipal Professor José Carlos Maldi.

Com base em levantamento e relatório feito por engenheiros e técnicos da Secretaria de Obras, na manhã desta terça-feira (19/1) o prefeito Marcelo Morais, vice Daniel Talles, o presidente da Câmara, Lisandro Monteiro, secretários municipais de Obras, Luerci Soares, de Educação e Cultura, Lucas Cândido de Oliveira, vereadores, participaram de vistoria na Escola Professor José Carlos Maldi.

“Começou e terminou errada”, salientou Luerci ao lembrar o histórico da obra. O engenheiro Aníbal Marinzeck Borges disse que houve erros na execução, e que encontrou paredes com até trinta centímetros fora do prumo. Há muito a ser feito e refeito, salientou o secretário de Obras. Ele opinou que aquelas instalações são inapropriadas, e sugeriu ao prefeito Marcelo Morais que conseguisse outro local para transferir a Escola Professor José Carlos Maldi.

O “problema mais sério”, conforme foi avaliado se encontram no quarto e quinto pavimentos, inclusive uma infiltração de água de chuva na laje, que tem sido notada nos pavimentos abaixo, até mesmo em salas de aula. Revestimento foi colocado no final do ano, mas a infiltração ainda é notada.

Como o escoamento é nas laterais da construção, concluiu-se que a inclinação da laje não é suficiente, e a água tem se empoçado.

O prefeito Marcelo Morais avaliou a situação junto com os engenheiros, e determinou que neste momento nova cobertura seja feita.  Providências também devem ser tomadas para sanar as demais irregularidades levantadas pela Secretaria de Obras, o que, segundo previsão pode levar entre dois a três meses.

Conforme se constatou, o calor é excessivo nas salas de aula, e mais adiante, numa próxima etapa, essa questão será resolvida.

A vistoria foi acompanhada pela diretora da Escola, Josimari Rocha da Silva, pela vice-diretora Iraci Gonçalves Dias Tiago, pelos vereadores Toninho Picirilo, Juliano (Biju), Cidinha Cerize, Luiz de Paula, Vinício Scarano e Pedro Delfante.

APURAR
O prefeito Marcelo Morais salientou que as providências são para que a Escola tenha condições de funcionar. “Eu me pergunto, como irresponsáveis colocaram crianças aqui”, questionou.  “Já solicitei ao secretário de Educação verificar quem autorizou. Para que puxe toda a documentação, e eu pessoalmente vou denunciar ao Ministério Público”, disse.

Quando foram colocar a escola em funcionamento, eu como vereador denunciei. Só que disseram que nossa intenção seria “puxar para trás”. Hoje demonstramos exatamente o que está acontecendo. Infiltrações, possibilidade de espaços existentes serem condenados, postinhos de iluminação pública saindo na mão, aponta Marcelo.

Vamos gastar no mínimo R$ 500 mil para fazer uma cobertura, para o imóvel não ser condenado,  e dar condições para quem usa, os profissionais e as crianças que usam a Escola estejam seguras, explicou.

É uma escola em que se vai gastar dinheiro para o resto da vida, e fico inconformado. Vamos fazer  o nosso papel, porém responsabilizando pelo que foi feito aqui, concluiu o prefeito.