Na quinta-feira (28/1) um grupo de manifestantes se reuniu na Praça dos Imigrantes, em frente à Prefeitura, buscando sensibilizar o prefeito Marcelo Morais para que autorize a volta às aulas na rede escolar particular, no município.
Somente queremos o direito ao retorno das aulas, disse Eline Tubaldini, diretora do Colégio Crescer. “Sabemos que o momento é crítico, mas vai fazer um ano que as escolas estão paradas. Nós, nossos alunos, nossas famílias estão sendo sacrificados. Que fique bem claro que é opcional, voltará quem quiser, que sentir segurança. Quem não está preparado ficará em casa, e não terá prejuízo. Penso ser importante darmos o primeiro passo. Queremos uma chance, uma oportunidade de demonstrar que irá dar certo”, salienta.
A diretora educacional do Colégio Paula Frassinetti, Tania Gonçales afirma que a volta às aulas tem sido um clamor de pais de alunos, e há de se considerar um aspecto relacionado à saúde, de vez que tem se constatado crianças e adolescentes às voltas com situações psicológicas e emocionais, e “é o que mais está pesando”.
“Temos alunos com depressão, com tiques nervosos, e alguns que não mais estão querendo mais olhar para a tela do computador porque houve um desgaste muito grande em 2020. Há muito tempo estamos sem aulas presenciais, e os alunos em casa confinados. Sabemos que vão para clubes, mas os pais têm uma preocupação muito grande, porque “os meninos” não querem mais ficar dentro de casa. Para os menores está fazendo falta a socialização, e para os maiores um acompanhamento pedagógico, principalmente os que estão indo para universidades, que prestaram o ENEM e tiveram dificuldades. Aula online prepara, mas não tem aquele contato, afetuosidade, em que o professor olha para o aluno e sabe que ele está em dúvida”. A situação é delicada, disse a diretora Tania Gonçalez.