Era noite. Havia uma trilha toda forrada de gramado verde. À direita, rumo ao sul, uma floresta toda verde, cujas árvores, pareciam encostar no céu. Na imensidão do verde por entre as árvores, a lua e as estrelas brilhavam. À esquerda algumas árvores também, logo à frente uma espécie de capela redonda, e no seu centro, uma mesa também redonda, de ouro, também brilhava muito. A trilha forrada de gramado verde virava à direta, e sumia na imensidão da noite. Era infinita...
Alguém por lá passou e viu do lado direito chegando em uma bicicleta vermelha, um Anjo em forma de um jovem. Jovem de cabelos louros, bem penteados, olhos azuis, usava óculos, uma calça jeans, uma camisa branca de viscose, muito alva e bem passada.
O Anjo na pessoa de um jovem, tinha o pé direito no pedal da bicicleta e o pé esquerdo apoiado no chão. A mão direita no guidão da bicicleta, e a mão esquerda no rosto, com o cotovelo apoiado na bicicleta.
Seus lindos olhos azuis contemplavam o arvoredo, a lua e as estrelas que brilhavam entre as árvores, e a imensidão do céu.
Quando aquele alguém, por lá passou, o Anjo virou a cabeça para à esquerda, esboçou um leve sorriso, e voltou a contemplar toda aquela miragem!
Ele havia partido para a eternidade há alguns dias.
Deus na sua infinita sabedoria e misericórdia, nos conforta assim!...
Marene Lizareli Paes
Professora formada em "Letras" pela Faculdade Filosofia de Passos