Há um ano era decretada pela OMS a pandemia de Covid. Vírus já detectado em 2019.
De lá até agora, o mundo vive um período extremamente difícil e o Brasil particularmente, momentos de verdadeiro horror. As mortes se acumulam, já foram mais de 287.000, e parecem não afetar ninguém mais.
Sempre dissemos que Deus é brasileiro, mas no momento parece que ele picou a mula ao ver tanta idiotice no combate a este vírus assassino. Mas Deus não é de abandonar sua prole. Estamos vivendo em uma situação de completa insegurança e abandono, onde autoridades imbecis, incompetentes e desumanas, nos níveis municipais, estaduais e federal, com algumas exceções, resolvem sem o mínimo embasamento técnico, as medidas a serem tomadas, que muitas vezes além de não terem efeito algum, podem até piorar a contaminação. Agregado a isto, parcela representativa da população que não faz sua parte, se aglomerando em botecos, festas, igrejas, nos espações públicos, reuniões de toda ordem e etc.
Enfim o que era previsto aconteceu. O país está colapsando, pessoas já estão morrendo nas filas dos hospitais sem conseguir uma vaga na UTI, já faltam medicamentos, insumos e profissionais de saúde. E os profissionais de saúde que estão trabalhando, se encontram no limite da resistência. Hoje em grande parte do pais, não se encontra vaga para nenhum tratamento. Estamos proibidos de adoecer. Agora com o agravamento da doença, e com algumas medidas tomadas por alguns governantes, estamos observando um novo fenômeno, A grande preocupação com a vida e a fome do trabalhador, por parte de seus patrões.
Como tudo na vida, isto também tem dois lados. Entre os empresários não é diferente. Existe o empresário e o “empresáro”. O primeiro entende sua empresa como uma célula da sociedade indispensável a sobrevivência e crescimento não só de sua família, mas também a de seus colaboradores, de sua comunidade e do seu pais. E assim a conduz, com responsabilidade, competência e humanidade. O segundo vê seu negócio somente como a maneira de se sustentar e enriquecer a qualquer custo, mesmo que seja a vida de seu colaborador, quando não a sua própria.
O argumento de que o trabalhador vai ter dificuldades financeiras, embora parcialmente verdadeiro, não pesou na consciência de alguns “empresários”, que jogaram seus funcionários na rua no primeiro sinal de diminuição da rentabilidade. Não estou dizendo quebradeira, mas sim, diminuição de rentabilidade. Antes da pandemia o desemprego que era 11, 9% em 2019, foi para 13,5% da população economicamente ativa em 2020. Há por aí uma baita hipocrisia dos “empresários”. Demitem funcionários em plena pandemia, não importando se eles têm filhos, mulher ou um papagaio que vão passar fome, e dividem o trabalho entre os outros que sobraram; e quando vai atingir seu negócio, mesmo que por um pequeno período, posam de Robin Hood.
Mas esta situação caótica e dantesca, talvez venha nos ensinar que vivemos em um mundo extremamente pequeno, com uma vida muita curta, e que devemos agir mais com o coração do que com a razão. Neste momento somos o elo fraco da corrente, sob qualquer aspecto. Talvez aqueles que se enquadram como “empresários”, com esta situação tão difícil, resolvam mudar e apoiar seus funcionários não só na fase boa, mas também na tragédia atual. Aos empresários do primeiro grupo, os agradecimentos daqueles que receberam ajuda e foram socorridos quando tudo parecia perdido.
Mas a situação indica que, só sairemos desta situação quando o povo se unir, (respeitar os protocolos, com distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel, etc.), seus representantes falarem a mesma língua e a ciência cumprir o seu papel. Deus não nos esqueceu, nós é que não estamos conseguindo fazer a leitura de seus desígnios.
NOSSO MUITO OBRIGADO A TODOS OS PROFISSIONAIS DE SAUDE. QUE DEUS NOS PROTEJA.
João Batista Mião
São Sebastião do Paraíso.