O ar é fresco, não frio. É manhã de abril,
é estado outonal.
É manhã de abril,
buquês brancos balançam nos galhos,
Dançando a melodia da estação.
É manhã de abril ,
abre o sol a sua feição,
escancara este céu azul perdão!
A brisa é suave na tez daquela
que busca narrar a transparência
desse momento.
É manhã de abril como nunca aconteceu.
Única do ponto de vista em que estou.
As que se foram não tinham
o significado
De tanta coisa que passou!
É manhã de abril, de quarta- feira normal,
De gatos na rua deserta, de passarinhos
contentes com os sinais da aurora.
De alma buscando a poesia para dar
Significado a esse imenso clarão!
É manhã de abril, caminha com olhar curioso....
Não há perigo; só mundo fabuloso!
Ah!!! Se assim eu enxergasse
Todas as minhas manhãs!
Seria posto enfim, o olho negro do fim,
que perambula a minha noção.
Nas manhãs de abril
Encontro o Sim do dia ,
Que carrega uma gentil alegria
Do bom tempo que virá.
Ana Cristina Alvarenga Negrão
21/04/2021