O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (Democratas-MG), comprometeu-se a levar ao governo federal as demandas apresentadas por prefeitos de Minas Gerais durante videoconferência, nesta sexta-feira (23), feita pela Associação Mineira de Municípios (AMM). Uma das principais reivindicações é a intensificação de medidas para o combate à pandemia da Covid-19.
Os gestores municipais cobram a celeridade do cronograma de vacinação, a transferência de recursos para as cidades fortalecerem as ações contra a doença e a melhoria da logística da entrega de medicamentos do chamado “kit intubação”, utilizado em pacientes em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O encaminhamento à esfera federal será feito em conjunto com os senadores Antonio Anastasia (PSD-MG) e Carlos Viana (PSD-MG), que participaram da reunião e integram a bancada de senadores mineiros, juntamente com Rodrigo Pacheco.
Em conversa com cerca de 250 gestores municipais, o presidente do Senado ponderou que o momento é pela busca de soluções para a crise sanitária. Uma delas foi a junção de representantes de todos os Poderes para a criação do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, uma ideia apresentada por ele logo que assumiu o comando do Senado, em fevereiro deste ano. Por meio desse grupo, coordenado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi feito um cronograma de estimativa de oferta de vacinas para o Brasil, da ordem de 520 milhões de doses, ainda neste ano, o que seria suficiente para imunizar toda a população.
“Nós temos hoje uma realidade de expectativa de sair dessa crise. E essa expectativa que se revela na vacinação das pessoas, é o que desperta a esperança e a confiança do povo brasileiro, dos gestores públicos, de que tenhamos a solução dessa grave crise da pandemia. Eu percebo no novo ministro da Saúde (Marcelo Queiroga) um propósito de solucionar essas habilitações de leitos de UTI, assim como solucionar o problema de oxigênio e de insumos. Então, me parece que nós temos hoje uma engrenagem propícia de alinhamento do Ministério da Saúde com o Congresso Nacional, com os Estados e com os municípios para sairmos o quanto antes dessa crise”, afirmou Pacheco.
O presidente da AMM, Julvan Lacerda (MDB), apresentou outros pleitos importantes das cidades mineiras, que passam pela paralisação do fechamento de agências do Banco do Brasil nos municípios e que os prefeitos não sejam penalizados por não conseguirem, durante esse período de crise sanitária, aplicar o percentual mínimo constitucional de 25% das receitas na Educação.
Diante das solicitações, Pacheco sugeriu que ele, Anastasia e Viana se reúnam, na próxima semana, e formalizem um único ofício convidando as autoridades responsáveis por tratar dessas exigências para um encontro presencial e, que assim, sejam apresentadas soluções efetivas para os problemas.
Pautas
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também lembrou aos prefeitos que, simultaneamente ao enfrentamento à Covid-19, outras importantes demandas de Minas Gerais, especialmente no âmbito da infraestrutura, não devem ser esquecidas. Entre elas, estão a duplicação da BR-381, a conclusão de obras na Barragem de Jequitaí, no Norte de Minas, da qual o senador mineiro já assegurou o repasse de R$ 100 milhões, e ações para evitar a diminuição do nível da água da Represa de Furnas, nas regiões Sul e Sudoeste. “Temos atuado muito sistematicamente junto ao Ministério da Saúde para minimizarmos os impactos da pandemia para os municípios de Minas, mas há outras reivindicações que são do municipalismo e nos cabe, como senadores da República, fazer essa representação e sermos a voz disso porque, de fato, defender os 853 de Minas significa, nada mais nada menos que defender o Estado”, ressaltou.