MÃES

A dádiva de ser mamãe

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Entretenimento | 09-05-2021 10:13 | 3300
A terapeuta lembra com saudade da mãe falecida há quase um ano
A terapeuta lembra com saudade da mãe falecida há quase um ano Foto: Arquivo Pessoal

A maternidade é o sonho de muitas mulheres e, mesmo quando acontece de repente, sem programação, se revela uma experiência enriquecedora e maravilhosa. As belezas de ser mãe são inúmeras, mas também é consenso entre a maioria delas que a tarefa não é fácil. As definições sobre este dom exclusivo que as mulheres possuem são os mais diversos e um deles diz que “ser mãe é carregar no corpo o dom da criação, a dádiva da vida, e no coração um amor que não conhece limites pela vida toda”.

Mãe: palavra pequena, mas com um significado infinito, pois quer dizer amor, dedicação, renúncia a si própria, força e sabedoria. Ser mãe não é só dar à luz, e sim participar da vida dos seus frutos gerados ou criados.

Do latim mater, a palavra mãe está classificada na classe gramatical como substantivo feminino, que se refere àquela que gerou, deu à luz ou criou um ou mais filhos. Em sentido figurado trata-se de quem oferece cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa e pode ainda ter tantos outros significados.

As definições podem ser as mais diversas dependendo do ponto de vista de quem emite o conceito. Ser mãe é chamar para si a maior e mais divina das responsabilidades. É ter no colo o poder de acalmar, no sorriso o poder de confortar. Ser mãe é ser estabilidade e fortaleza, mesmo na incerteza, mesmo no sofrimento. Ser mãe é tudo isso e muito mais, mas acima de tudo é ter a capacidade de amar incondicionalmente os seus filhos!

Ser mãe é um sentimento que atravessa o seu corpo e deixa marcada a sua alma. Vida de mãe é feita de erros e acertos: ser mãe não é ser perfeita, não é saber tudo de repente.

É estar disposta a aprender o tempo todo, evoluir constantemente, crescer com os seus filhos e por eles, a cada passo do caminho...

Para a Terapeuta Ocupacional, Érica Paschoini, a definição de ser mãe é algo emocionante. “Ser mãe é você sentir seu coração bater fora do peito. É você sentir um amor incondicional. É você querer ser cada dia uma pessoa melhor, e pedir sabedoria para criar esse ser tão seu”, descreve a mãe da pequena Rafaela.

Ela conta que ser mamãe pela primeira vez está sendo uma maravilhosa e gratificante experiência, uma realização. “Agora que sou mãe entendo a importância de todos esses cuidados e carinhos. Sentir minha filha em meus braços, cuidar dela, me faz sentir ainda mais forte e realizada. É tudo junto, é a realização, é um sonho e é uma realidade. Ser mãe é tudo isso e muito mais”, comenta.

Em um retrato da maternidade real pode se dizer que ser mãe é gerar, parir e criar. Ser mãe é lindo, é solitário, é intenso, é difícil, é para sempre. Entre o instinto materno, o amor incondicional, a responsabilidade vivida sozinha e compartilhada também.

Entre as noites mal dormidas, a carga de cuidar e a carreira profissional. Entre o coração de mãe que sempre cabe mais um e o peso de querer – ou precisar – dar conta de tudo sozinha.

Entre vontades, desejos, anseios, inseguranças, angústias, realizações, alegrias e um amor infinito, estão as mães. Mães de um, de dois, de três. Mães-solo, mães que podem contar com alguém, mães modernas, mães corujas, mães jovens, mães bravas, mães liberais, ou tudo isso em uma só.

Dizem que mãe é tudo igual, só muda o endereço. Mas entre tantas semelhanças e diferenças, cada uma sabe as dores e as delícias de colocar e educar uma criança nesse mundo.

Só elas sabem do peso e das  alegrias de ver os filhos crescerem e se tornarem tudo aquilo que elas idealizaram ou o contrário disso tudo. Só elas sabem dessa culpa e do orgulho também.

Só elas sabem e sentem o que é acordar a cada dia pensando se estão fazendo o certo ou o suficiente, mas com a certeza de que estão fazendo o melhor.

 

Ausência

 

Também neste momento de celebrações choram os corações dos filhos pelas mães que já se partiram e deixam imensa saudade. Em cada lembrança, física ou não, da mulher incrível, da mãe maravilhosa que ela foi, pesa uma dor difícil de suportar. Quanta falta a senhora faz, que lacuna, um imenso vazio que não se preenche por nada nesta vida.

Todos os dias vivo com sua imagem gravada no meu pensamento e uma enorme dor no meu peito. Mas em dias como este, sua ausência é ainda mais dolorosa, pois custa muito não ter você aqui, não lhe poder dar um abraço e um beijo de parabéns, minha mãe; nem hoje, nem nunca mais...

Érica cita que este é o seu primeiro Dia das Mães, sem a presença de dona Cleusa Cezarini Paschoini que faleceu em 23 de junho do ano passado e que deixa muitas saudades nos familiares e amigos.

“Só peço a Deus para que eu possa ser para minha filha como minha mãe foi na minha vida, sempre comigo, me ensinando, orientando, mostrando o melhor caminho e com uma Fé e um Amor enorme, que nos deixou ao mesmo tempo fortes e sensíveis. Agora que sou mãe entendo a importância de todos esses cuidados e carinhos. Sentir minha filha em meus braços, cuidar dela, me faz sentir ainda mais forte e realizada”, afirma.

O que conforta é saber que ela sempre estará presente através do amor, da saudade, de tudo o que ensinou. De tudo o que você fez enquanto viveu, e que deixou marca profunda em todas as pessoas que a conheceram e a amaram. Para muitos ainda custa a acreditar que já se passaram meses e anos desde que ela partiu, “minha mãe se foi. Saudades sim, tristeza não”. Foram ciclos completos de vida que se completam nesta estrada deserta de amor que foi deixado como herança eterna.

Portanto, após várias expressões chegamos à conclusão que conforme elas mesmas definem, ser mãe é lindo. É a certeza de carregar o amor mais intenso para o resto da vida.

“Ser mãe é incrível, poder se doar a um ser, um pedacinho de você. É indescritível. É maravilhoso. Agradeço a Deus todos os dias por ter me dado a graça de ser mãe da Rafaela”, define a terapeuta.

 A experiência da maternidade traz inúmeras alegrias, descobertas e grandes desafios. Ser mãe é a ambiguidade e o equilíbrio no movimento de ir e vir, é segurar e soltar, proteger e deixar, acolher e libertar. Significa mudar a própria vida, seu tempo, seu pensamento, dar todo o seu coração, seu amor para levar seus filhos adiante e ensiná-los a viver. Significa ter uma razão de ser para o resto da vida; querer aproveitar e viver ao máximo cada momento.

Érica com a filha Rafaela, diz que mais do que um sonho, ser mãe é uma realidade