Presidida pela acadêmica Leila Yunes, a Academia Paraisense de Cultura realizou quarta-feira (19/5) reunião virtual, em que prestou homenagem às Mães. Como anualmente acontece, a APC homenageia as Mães Acadêmicas, desta vez, simbolizadas pela acadêmica Ângela Maria Pascoal Cardoso.
Dentre as emotivas homenagens recebidas no decorrer da reunião, reproduzimos “Apresentando Minha Amiga Ângela”, da acadêmica Sílvia Maria Ferreira Pessoa Rodrigues.
Apresentando minha amiga Ângela
Será que todo mundo sabia, o que vou dizer de Ângela Maria?
Em Monte Santo nasceram 9 homens e ela no final
Filha de amantes da música, Nicolina e Orlando Pas-choal
Com 5 anos e na igreja, ela começou a cantar
Com 7 anos o violão, ela começou a tocar.
E por lá, o que se dizia da nossa amiga Ângela Maria?
Encontro de jovens? Ela cantava. Em serenatas, ela estava
Em tudo na escola, se apresentava. De cantar, nunca se cansava.
E por onde ia a mocinha Ângela Maria?
Até os 22 anos, em Monte Santo morou, mudando pra Paraíso porque se casou
Com Haroldo, violão estudou. Na igreja da Abadia, muito cantou.
Assim batalhando noite e dia, vivia Ângela Maria.
Foi lá que conheci minha comadre, amizade que o tempo não destruiu
Nem a distância abalou o que existia, nossa fé um dia, de novo nos uniu
E nesse espaço que dividia, muito viveu Ângela Maria.
1990, com Ércio cantava. Em 1993, com Frisson se apresentava
1997, Studio 4 começava. E a carreira sempre abrilhan-tava.
A voz chegava longe, ela dizia, por onde cantava Ângela Maria?
Arthur e Ângela começa em 1998, parceria de música e de vida
92 cidades, milhares de pessoas, por onde ficava conhecida.
Onde agora vivia, nossa amiga Ângela Maria?
Cantando, encantando, sonhando, como a cultura levaria?
Até que em 2019, para a APC entraria
Que rumo agora sentia a artista Ângela Maria?
Que linda esta homenagem reconhecendo seu papel
De mãe que os anjos esperam, quando vai chegando ao céu
A esposa, cantora, já se conhecia, e agora a mãe Ângela Maria.
Há 32 anos, com Paulo Henrique, tudo mudou
Há 27 anos, Maria Paula, e já se encantou
Há 24 anos, com Mariana, o amor se firmou
E até Tales, vai chegando e se agregou.
Amor novo que sentia, minha comadre Ângela Maria
Todos vivem, é sempre assim, na labuta de cada hora
No carinho, no aperto, chamam a mãe sem demora
E ela mais do que esperta, pede ajuda a Nossa Senhora
A cumade só não sabia
Que amor maior teria
Pra ensinar a amar, amou
Pra olhar sem ver a quem, olhou
Pra sonhar o que há de melhor, sonhou
Pra enfrentar o que vier, enfrentou.
Mas Ângela descobriu em 2019
Quando o neto Kadu nasceu
Que amar de verdade
Tinha um caminho só
Era simples, era lindo,
Era ouvir chamar de Vó.
Cumade Sílvia Maria
Ferreira Pessoa Rodrigues
19/05/2021