“Educai as crianças e não será preciso punir os homens”. A frase atribuída a Pitágoras cabe muito bem à vida escolhida por nossa entrevistada. Daiane Diogo Pereira Paim é uma educadora que ama seu ofício. Casada com o odontólogo Ricardo Paim, é mãe zelosa de Ana Laura, Luiz Felipe e Guilherme. Mulher de muita fé e devota de Santa Rita Cássia, considera os destinos religiosos as viagens mais marcantes de sua vida. Aos 41 anos, muitas lições foram aprendidas e compartilhadas nesse caminhar. Nesta entrevista, Daiane expõe sua experiência como professora, os desafios durante a pandemia e sonhos para o futuro.
Daiane, nos conte sobre suas origens. Algum fato especial marcou sua infância?
Sou paraisense, filha de Luiz Antônio Diogo Pereira e Janoária Borges de Souza Pereira. Tenho apenas uma irmã, a Jeane. Mas venho de uma família numerosa, tendo como atividades predominantes a agricultura e a pecuária, sempre com um convívio familiar harmonioso, rodeado de muitos tios e primos, regado com muito carinho!
Como foi seu tempo de estudante? Por quais escolas passou? Algum professor em especial a marcou?
Comecei a estudar aos três anos de idade. Na época a matrícula era a partir dos cinco anos, mas devido a uma vizinha professora, muito especial até hoje, fui matriculada. Tenho excelentes lembranças do meu tempo estudantil. Entre todas as escolas a que mais me marcou foi a Escola Estadual Benedito Ferreira Calafiori, onde cursei o Colegial. Tenho grandes recordações dos meus amigos, mantendo amizade com alguns até hoje. Uma fase maravilhosa que passei! Duas professoras foram marcantes em minha vida. A primeira foi a Cidinha Arantes, que era a minha vizinha citada acima. Foi ela quem me inspirou aos estudos e hoje sou professora de Inglês. Há muitas lembranças de quando a Cidinha me dava seus planejamentos escolares de anos anteriores para eu brincar de professora. São tantas histórias... Como amo a Cidinha Arantes! A segunda é a Stella Maris Carnevale. Ela foi minha professora do 1º Ano do Ensino Fundamental na Escola Estadual Coronel José Cândido. Ah, quanta gratidão tenho pela Stella!
Graduada em Tradução e Intérprete e Letras, como surgiu o interesse pelo idioma inglês?
Meu interesse pela língua estrangeira (Inglês) se deu pelo meu gosto musical. Sempre tive muita curiosidade para saber o que significavam as letras das músicas internacionais, pois estas eram minhas preferidas! Diante disso, ficava nas tardes de sábados ouvindo músicas (na época eram toca fitas) e com um dicionário na mão, pausando cada frase da música e tentando traduzi-la. Como tudo evolui, não é mesmo? Hoje é tudo mais fácil graças à tecnologia.
Que dicas você daria para quem tem dificuldades em aprender outro idioma?
Acredito que aprender é muito mais fácil quando você está se divertindo, sendo assim, é interessante relacionar a disciplina com algo que cause certo entusiasmo como uma série, um filme, ou, como no meu caso, as músicas.
Ainda muito jovem você se casou e se tornou mãe. Como a maternidade a transformou?
Foram muitas mudanças ao mesmo tempo. Saindo de uma adolescência tranquila e entrando numa vida adulta repleta de responsabilidades. Conciliar marido, filha e vida universitária. Confesso que foi um período difícil, porém gratificante! Ser mãe me despertou o prazer por trabalhar com a parte infantil, tanto que agora estou cursando a minha terceira graduação em Pedagogia.
Nos conte sobre a família que constituiu.
Este ano completei 23 anos de matrimônio. Sou eternamente grata ao meu marido, Ricardo Paim por toda a parceria e juntos constituímos uma família maravilhosa com três filhos: a primogênita Ana Laura, o segundo, Luiz Felipe e o terceiro, Guilherme.
Como foi se adaptar profissionalmente à pandemia
Confesso que no início foi extremamente preocupante, pois não tinha muito conhecimento em informática. Foram noites mal dormidas de tanta preocupação... Mas, com a ajuda dos meus colegas profissionais e da minha família, consegui aprender e a cada passo, me superar! Hoje, tiro de letra. Nada como a prática, não é? (risos) Leciono no Colégio Objetivo NHN. Sou responsável pela disciplina Inglês do fundamental I e II. Eternamente grata pela confiança depositada em mim aos diretores Nicolau, Helou e Newton, pela orientadora D. Maria José e também pelas minhas coordenadoras Adriana e Paula. Agradeço também aos doutores Luciano e Rachel pela confiança, pois sou professora bilíngue dos meus amados alunos João Francisco e Ana Beatriz.
Quais seus hobbys?
Meus hobbys são assistir filmes nos finais de semana e reunir com a minha família.
Nossa cidade se aproxima de seu bicentenário. Que presente gostaria de ofertar a nossa cidade?
Eu gostava muito dos desfiles que eram promovidos pelas escolas, então, como presente, gostaria que essa tradição retornasse para exaltarmos as belezas da nossa cidade.
Você é uma mulher de fé?
Sim. Inclusive sou muito grata a minha professora Stella Maris Carnevalle. Faço aniversário no dia 21 de maio e me recordo, como se fosse ontem, um presente dado por ela quando eu era sua aluna. O presente era a imagem da Santa Rita de Cássia, de quem sou devota até hoje e por duas graças alcançadas. Eterna gratidão, Stella!
Indique um livro, um filme e um disco inspiradores.
Qualquer livro da autora Jane Austen. Adoro filmes românticos, então indico “Uma Linda Mulher” (Garry Marshall) e “Dança Comigo?” (Peter Chelsom). Quanto à música, minha paixão é a Shania Twain.
Daiane, viajar é outra de suas paixões. Que lugar indicaria para alguém que quer conhecer um lugar surpreendente?
Como sou uma pessoa de muita fé, há dois lugares que me marcaram muito e que indicaria: A Sagrada Família, em Barcelona (Espanha) e Fátima (Portugal). Lugares que não sei explicar tamanha emoção...
Qual seu maior sonho?
Perante a minha devoção por Santa Rita de Cássia, o meu maior sonho é conhecer a basílica onde se encontra a urna com o corpo incorrupto de Santa Rita, na Itália.