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ALINE CRUVINEL

Por: Reynaldo Formaggio | Categoria: Entretenimento | 06-11-2021 07:34 | 4140
Aline Katia Silva Cruvinel
Aline Katia Silva Cruvinel Foto: Acervo pessoal

A paraisense Aline Katia Silva Cruvinel é uma mulher empoderada e consciente de seu papel. Aos 42 anos, a filha de Aparecida de Fátima Silva e do saudoso Antônio Thadeu da Silva, busca constantemente sua evolução pessoal e profissional. Mulher, mãe, esposa, profissional da área da beleza, recentemente Aline tomou posse como membro da Casa da Amizade do Rotary Club local. Nesta entrevista Aline compartilha sua trajetória permeada por aprendizados, metas traçadas e sonhos que pretende realizar.

Aline, como foi sua infância?
Tive uma infância boa e com ótimas recordações. Quando pequena me imaginava uma bailarina, vivia rodopiando pela casa com as pontinhas dos pés. Meu pai amava ver! Fui uma criança muito comportada, pelo menos não me lembro de ter dado trabalho aos meus pais.

E sobre sua vida escolar? Era do tipo estudiosa, mediana ou bagunceira?
Acho a vida escolar um ótimo período de nossas vidas, quando aprendemos a nos socializar. Sempre fui uma aluna mediana, mas lembro-me que durante o sexto ano ginasial fui bem bagunceira e paguei bem caro por isso. Neste ano fui reprovada na escola.

Como iniciou sua vida profissional? Sempre foi cabeleireira ou exerceu outras atividades?
Ainda jovem comecei a trabalhar. Meu primeiro emprego foi aos 16 anos na rede Tonin. Posteriormente papelaria e loja de confecção. Mas o amor e a vontade de me tornar cabeleireira sempre foi forte. Porém anos atrás era um curso caro. Em 2003 consegui fazer o curso profissionalizante e abri meu primeiro salão.

Falando especificamente sobre sua atividade como cabelereira, qual os maiores desafios da profissão?
Essa profissão é sempre cheia de desafios. Mas o começo é sempre o mais marcante nas dificuldades. A insegurança acaba tomando conta. No início, para não pagar aluguel, montei na garagem de minha casa. Na garagem não tinha porta, então fechamos com um plástico grosso. Era um pânico quando chovia! Mas tenho orgulho de lembrar desse início.

Quando surge o Aline Cruvinel Hair Studio? O que o espaço oferece?
Meu primeiro salão foi aberto em 2003. Hoje para fazer um diferencial dou muita prioridade à agenda. Gosto de seguir os horários à risca. Não faço acúmulo de clientes no mesmo horário, é sempre um por vez. Isso me fez fidelizar muitas clientes.

A pandemia afetou seu negócio? Foram necessárias adaptações ou ações para atenuar o impacto no setor?
Com certeza eu senti muito essa pandemia. O início foi assustador. Além de ficarmos uns dias parados, teve também o pânico das clientes. Muitas clientes que eram assíduas do salão pararam de frequentar. Mas as dificuldades vêm nos sacudir. Temos que ser criativos. Investi em produtos melhores e tratamentos diferenciados, o que fez toda diferença. Todas amaram e ainda consegui conquistar novas clientes!

Aline, as redes sociais são ferramentas aliadas para divulgar o trabalho. Por outro lado vemos que o espaço frequentemente se torna palco de reclamações e acusações, muitas vezes injustas. Já passou por algo nesse sentido?  
A rede social me ajuda muito. Eu tenho muita facilidade para comunicação e sempre crio promoções com sorteios para estimular as clientes. Porém há pouco tempo passei por um grande estresse, com acusações infundadas. Mas as devidas providências foram tomadas e tenho certeza que logo o retorno virá. Eu acredito muito na nossa Justiça e principalmente na Justiça Divina.

Adentrando um pouco em sua vida pessoal, você se tornou mãe ainda muito jovem. Como foi e é a experiência da maternidade pra você?
Uma dos melhores acontecimentos da minha vida foi meu filho. É espiritual. Ele me escolheu como mãe. Tive ele aos 20 anos. Sempre combinamos muito. Hoje é um homem casado, digno e trabalhador.

Como e quando conheceu seu atual companheiro, o músico André Cru-vinel? É difícil conciliar as agendas pelos diversos compromissos de ambos?
Conheci o André na Copa do Mundo de 2006, no barzinho Tip Top (faz parte da nossa história)! De lá pra cá tivemos nossas alegrias, que são muitas, e como todo casal passamos por nossas dificuldades também. Hoje mais maduros, tanto eu quanto ele vivemos nosso melhor momento. Nunca tivemos problemas para lidar com agenda. Sempre gostei de acompanhá-lo na noite. Em contrapartida, ele também sempre me apoiou no trabalho, principalmente o período que trabalhei com empresa de cosméticos e viajava muito. Ele sempre me estimula e sou muito grata por isso. Cheguei a passar quase a semana toda fora e ele tomava conta das coisas de casa.

Aline, em sua opinião, existe um papel definido para a mulher na sociedade? Onde vocês podem e querem chegar?  
Estamos numa era muito evoluída, porém acho que ainda sofremos muito com as diferenças. Creio que somos fortes só por nascer mulher. Tenho muitas amigas pelas quais sinto honrada com suas amizades. A mulher hoje em dia é muito empoderada. Amo ver as conquistas das amigas! E com certeza a mulher pode e deve chegar onde quiser.

Você se considera vaidosa?
Me considero muito vaidosa. Não abro mão dos meus creminhos (risos). Atividades físicas também adoro. Esse ano por causa da pandemia eu não frequentei a academia, mas agora já completamente vacinada, retornei com muita disposição.

O que diria para uma pessoa com baixa autoesti-ma?
A pessoa, tanto o homem quanto mulher, precisa reconhecer a força que têm. Ninguém valoriza uma pessoa que não se reconhece. Sempre converso muito com minhas clientes e amigas. Até nisso a minha profissão ajuda!

O gosta de fazer para relaxar?  
Adoro tomar uma cerveja, barzinho e companhia agradável. Uma boa conversa é o melhor para relaxar!

Recentemente você tomou posse na Casa da Amizade. Do que se trata este projeto e como você vê a causa social em nossa cidade?
A Casa da Amizade é uma entidade formada voluntariamente por esposas de rotaria-nos e outras senhoras e senhoritas da sociedade, na qualidade de sócias cooperadoras, beneméritas e honorárias. As Casas da Amizade ocupam-se das promoções sociais e ações beneficentes, colaborando nas realizações comunitárias exercidas pelos respectivos Rotary Clubs. A esposa do Rotariano não está automaticamente inscrita no quadro das Casas da Amizade, no momento da posse do marido, mas somente aquelas que decidirem exercer a belíssima função de “SERVIR”. Em São Sebastião do Paraíso, como em todas as cidades, temos problemas sociais, onde as companheiras das Casas da Amizade tentam amenizá-los, colaborando com o que podem, para que as crianças e adultos, pessoas menos favorecidas, abandonadas, tenham um pouco mais de alegria e dignidade. Em união, Casa da Amizade com o Rotary Club, procuramos desenvolver projetos essenciais para essa finalidade. Acho muito importante esse tipo de trabalho e estou gostando muito de colaborar.

Aline, você é do tipo que faz planos ou deixa a vida te levar? Onde pretende chegar?
Adoro fazer planos e estabeleço metas. Geralmente consigo cumprir. Viver é muito estimulante. Amo a vida! E pretendo sempre crescer e melhorar na profissão e principalmente como pessoa.