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Reflexão sobre o papel social da mulher na atualidade

Por: Redação | Categoria: Do leitor | 16-03-2022 16:56 | 960
Foto: Reprodução

Viemos de uma sociedade onde acredita-se que "mulher serve para esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque" e, hoje, iremos pensar um pouco sobre isso. Desde quando nascemos já acontece a divisão do gênero, pois, compramos coisas azuis para os meninos e rosas para as meninas.

Na infância, podemos escutar: "Menina não pode jogar bola e menino não pode brincar com bonecas," e assim, aprendemos a colocar rótulos onde não precisa.

A mãe ao fazer o almoço, o telefone toca e por pouco não arranca os próprios cabelos de quase não dar conta de tanto serviço, enquanto a panela não acaba por queimar.

Enquanto isso, o homem fica muito bem acomodado no sofá com sua latinha de cerveja, acompanhando tranquilamente a programação esportiva na TV.

Para pensar no papel social da mulher temos que falar sobre o papel social do homem, que é dito como "oposto" ao da mulher. Pergunto de onde vem isso? Há um manual de instrução que vem com a criança ao nascer? Isso tudo, seriam construções sociais que fazemos e, da mesma forma que construímos isso, poderíamos desconstruir ou reconstruir uma outra coisa no lugar.

Quantos homens que cozinham e são bons "homens" e bons pais de família. No horário de almoço, momento tão corrido e, quando a mulher recebe ajuda, ela fica mais tranquila. Pois, esquecemos de colaborar, de apoiar por delimitar papéis sociais rígidos que não permitem a flexibilidade.

Por que homem não pode lavar louça? Há quantos pais de família que lavam, passam e não deixaram de ser "homens", pois, colaboram com suas esposas e ajudam na limpeza do lar. Além de cultivarem o apoio mútuo.

Pesquisas científicas mostram que os homens são os que mais reclamam por quererem ter mais tempo livre para o barzinho e futebol com os amigos, enquanto as mulheres as vezes têm jornada dupla, pois, trabalham fora e dentro de casa. Além da criação das crianças que, muitas vezes, ficam por conta delas. Ou seja, os sujeitos que mais têm "tempo livre" são os que mais solicitam tempo livre.
Ivan Maldi