Maria acordou sem pressa. Foi coar o café. O cheiro incendiou a casa.
Foi até a janela para sentir o vento a acariciar o seu rosto. Olhou a árvore. Os pássaros cantavam com serenidade. Não pretendia fazer nada correndo.
Queria parar um pouco. Dar uma pausa. Não eram férias da existência.
Voltou a contemplar o verde da paisagem. Os pássaros teimavam em cantar. Tudo parou. Fechou os olhos para sentir a brisa. Os cabelos balançaram suavemente.
Olhava a paisagem. Tinha um delicado movimento levado pelo vento. Eram flexíveis. Deixava a brisa passar.
Os sentimentos borbulhavam em Maria. Não tinha uma explicação. A vida precisa ser sentida.
A professora não conseguia dizer. A explicação ficaria para um outro momento.
É preciso sentir. Fechou os olhos. A brisa acariciava o seu rosto.
Não precisava saber a velocidade do vento ou a umidade relativa do ar. A racionalidade era uma perda de tempo nesse momento.
Ivan Maldi é Membro efetivo da Academia Paraisense de Cultura