Etapa do Circuito Mineiro de Cafeicultura foi realizada, (16/5), no Parque de Exposições João Bernardes Pinto Sobrinho. Promovido pelo Governo de Minas através da Secretaria de Estado de Agricualtura e Abastecimento, Emater-MG, Universidade Federal de Lavras, FAEPE e Prefeitura de São Sebastião do Paraíso. Com objetivo de levar informações técnicas e de mercado do café, visa, ainda, a integração entre agricultores e técnicos, por meio de palestras.
O secretário municipal de Agricultura de São Sebastião do Paraíso, João Bosco Minto, representando o prefeito Marcelo de Morais deu boas vindas aos presentes.
Representando o gerente regional da Emater-MG, Marcelo Bonfim, que está em férias, o coordenador técnico regional de Bem Estar Social na regional da Emater-MG em Passos, Carlos Eduardo Oliveira Bovo, disse que o Circuito de Cafeicultura foi criado há mais de 20 anos, e boa parte desse tempo ele participou desses eventos, “quando a cafeicultura estava muito boa, e também quando estava muito ruim, com produtores sempre buscando alternativas, trocas de ideias dentro desse espaço, para buscar a melhor oportunidade para se desenvolver e melhorar de vida”.
Ressaltou que esta atividade é muito importante justamente para se inovar. “A gente vê a programação do circuito hoje ele tá falando de qualidade, gestão, de inovação, tudo isso essencial para gente conseguir avançar. A propriedade de vocês é um empreendimento, é empresa, se não for bem gerenciada a gente não consegue avançar”, disse.
“Todos os eventos que a Emater desenvolve com parceiros, aqui presentes, concursos de qualidade de café, o Certifica Minas, são políticas públicas e eventos que visam justamente agregação de valores, trazer novos mercados, novas oportunidades. Durante muito tempo o nosso café produzido quase 100% era exportado e ficava no país café de baixa qualidade. Hoje o brasileiro passou a consumir o café qualidade. Nos grandes centros e cidades pequenas querem o café bom, e para isso é necessário se agregar valores, buscar esse mercado interno qualificando a produção”.
Bovo afirmou que a Emater-MG é parceira e à disposição de toda a região para conseguir fortalecer e melhorar esta cadeia, pensando sempre em inovar. Pontuou que aconteceu a migração da cafeicultura no país por questões climáticas. “É importante termos aqui pessoas experientes, porque sentiram a possibilidade de inovar. O café veio de outras regiões para Minas Gerais, para as montanhas mineiras. Será que vai continuar aqui”, questionou. E acrescentou: “Para continuar é preciso inovação tecnológica, trabalhar questões ambientais para a gente conseguir potencializar e garantir que continue com qualidade e diferencial para o produtor”.
Foram apresentadas cinco palestras. A primeira delas, “Agregação de valor através da qualidade”, por João Bernardo de Medeiros Neto, diretor da empresa Alto de Minas Soluções em Café.
Tales Carrara, da Café Brasil, abordou o tema “Novas tecnologias para a cafeicultura”. Rodrigo Borges, da Solo Férti, falou sobre “Construção da fertilidade no perfil do solo”.
A palestra “Soluções Minas Verde” foi apresentada por Leandro Paulino dos Reis, gestor de contas da empresa. O extensionista agropecuário da Emater-MG, João Inácio Silva Caitton comentou sobre “Como ser feliz produzindo café”.
Um grande público acompanhou o evento, dentre autoridades no município, cafeicultores de Paraíso e região, profissionais da área técnica, expositores, e um grupo de alunos do Curso Técnico em Agronomia, da Escola Estadual Clóvis Salgado.
Ao final houve sorteio de brindes, visita aos estandes, confraternização e almoço.